Crescimento da terapia com animais e os benefícios na prática.
A IAA (Intervenção Assistida por Animais), mais conhecida como “cãoterapia”, aumentou suas funções nos últimos anos: a terapia, atividade ou educação assistida por animais. São iniciativas que levam os animais para o centro de transformação nos tratamentos de pacientes com doenças graves, comportamentais e transtornos me geral.
Leonardo Ogata, parceiro da Comac (Comissão de Animais de Companhia) do Sindan e fundador da Tudo de Cão, empresa especializada em adestramento e treinamento de animais, explica que "existem, na verdade, os dois tipos de projetos: um em que o cão é utilizado como uma ferramenta no tratamento de pacientes, dentro de um consultório de psicologia, por exemplo, e outro em que são organizadas atividades em grupos, onde animais visitam casas de repouso e hospitais”.
A terapia assistida com animais é comum em casos como autismo, tratamentos com idosos e crianças, transtornos alimentares e cognitivos comportamentais (dependências químicas, hiperatividade, entre outros). Com um contato mais próximo, as pessoas conseguem criar vínculos e desenvolver melhorias em seu estado físico/mental, diminuir níveis de estresse, aumentando a socialização com outras pessoas, a adesão ao tratamento e até aliviando o sofrimento de sua condição.
O uso de animais em terapias vem crescendo no Brasil e diversas ONGs têm aplicado esses programas em hospitais pediátricos, clínicas de repouso e clínicas para dependentes químicos para que desenvolvam sentimentos de afeto e carinho, diminuam o estresse e assim respondam melhor ao tratamento.
Realização
Para a realização deste trabalho, os cães tem treinamentos específicos, adestramento compatível, vacinas em dia e personalidade própria para lidar com todos os tipos de pessoa, desde crianças a idosos. Para participar destes projetos, os animais são submetidos a avaliações de estresse e comportamento, a fim de que interajam e convivam pacificamente com outros indivíduos.
Existem algumas raças que possuem um perfil mais próximo ao que se busca em uma terapia, como: Golden Retriever, Labrador, Bernese Mountain Dog, e também os SRDs. Segundo Ogata, “não é só a raça que conta, vários fatores da personalidade do animal são analisados e temos muitos animais sem raça definida que são aprovados no processo”.
A prática beneficia não somente os humanos, mas também os animais que estão sempre em contato com outras pessoas, mantendo-se ativos e sociáveis com outros pets e humanos. “Esses são momentos muito especiais para os cães. Mas é necessário que se tenha uma avaliação completa do seu perfil para que saibamos se realmente será positivo para ele”, completa Ogata.
E se você quiser saber se o seu cão é apto para essas atividades, fique atento a algumas dicas:
- Leve seu pet ao veterinário com frequência. O estudo Árvore de Valor da Comac mostra que a média de visitas ao veterinário é de apenas duas vezes ao ano, em cães e gatos. Se você quer deixar seu pet preparado para as atividades assistidas, o acompanhamento veterinário é fundamental.
- Esteja preparado caso o perfil do seu cão não seja o mais adequado para a terapia assistida com humanos, afinal, eles também têm suas personalidades próprias.
- Lembre-se que a atividade deve também ser prazerosa para os animais e caso o perfil dele não seja escolhido, prefira passear em locais abertos, parques e, com certeza, o seu cão estará mais feliz.
- Realize os testes com seu cão e promova um momento alegre para ele. Esta fase é essencial para analisar seu perfil.