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Candidatos na contramão

Candidatos na contramão

29/08/2016 Marcos de Sousa

Políticos questionam ciclovias, faixas de ônibus e ações de proteção à vida.

Mal teve início a campanha eleitoral e já começamos a ouvir infâmias de todos os tipos e quilates. Não apenas na área da mobilidade urbana, é claro, já que todas as cidades do país são carentes de saúde, saneamento, segurança, educação e cultura. Mobilidade, porém, é condição básica para ir ao médico, à escola, ao cinema, até para se encontrar amigos e amores. É uma chave que nos conecta com o mundo.

Depois de toda a polêmica gerada pelos prefeitos que ousaram reduzir o espaço para os carros e dar prioridade real ao transporte público, após as idas e vindas para a implantação de tão esperadas ciclovias, depois de debates acalorados sobre a redução da velocidade do tráfego urbano, parecia que as novidades já estavam sendo compreendidas e incorporadas pelos cidadãos, como revelaram as pesquisas de opinião. Em junho passado, por exemplo, a aprovação às faixas exclusivas de ônibus chegou a 92% da população de São Paulo, segundo pesquisa do Ibope. Redução de velocidade e obras de ciclovias tiveram aprovação de 51%, segundo o mesmo instituto.

Agora, candidatos de todos os matizes políticos pedem a reversão das políticas de desaceleração do tráfego, falam em eliminar faixas de ônibus e rever programas cicloviários. Ideias do século passado, na contramão da história.

Não por acaso, duas organizações que trabalham pela mobilidade ativa - Ciclocidade e Cidade a Pé - lançaram um manifesto criticando os debates realizados nas redes de tevê. Antes disso, a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), já havia divulgado o editorial Eleições e razão, no qual defendia a redução da velocidade e condenava os posicionamentos de alguns candidatos às prefeituras: "O trânsito brasileiro, refém do amor obcecado pelo automóvel, nos trouxe a uma situação em que defender a vida tornou-se impopular". Mas, como lembrou a especialista espanhola Anna Ferrer, durante o Festival Mobifilm, "o carro está morto nas cidades e não pode mais ser o protagonista das políticas. Este papel, agora e mais do que nunca, é do transporte público e da proteção aos pedestres", completou em entrevista à Folha de S. Paulo.

Em outra frente, o seminário da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), realizado nesta semana em Brasília, jogou luz sobre a inclusão do transporte como um dos direitos constitucionais dos brasileiros. Empresários do setor, ativistas e políticos discutiram propostas para oferecer transporte de qualidade com tarifas adequadas à população e garantir a sustentabilidade financeira de todo o sistema. Todas apontavam para a necessidade de subsídios, que deveriam ser bancados pelos usuários de carros particulares. Afinal, eles ocupam muito espaço nas ruas, poluem e matam as cidades e seus moradores. E fazem o transporte público ficar muito mais caro, como lembrou o especialista Aílton Brasiliense durante o seminário de Brasília.

Enquanto o transporte sonhado não vem, vamos de bicicleta ou, como recomenda o blog Cidade Ativa, Vamos andar a pé!



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