Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Consumo de informação: o desafio da Geração Millennial

Consumo de informação: o desafio da Geração Millennial

21/07/2017 Tania Magalhães

Está na hora de entendermos como esses jovens pensam, se comunicam e consomem informação.

Eles são uma geração diferente de tudo o que já vimos em relação à sociedade de produção e de consumo que permeou os últimos três séculos. No decorrer da história humana recente, os agricultores ficaram presos a seus campos e pastagens; os industriais, a suas fábricas; e os famosos "mad men", a seus escritórios.

Mas os Millennials não estão presos a absolutamente nada - ou melhor, apenas a seus devices conectados à torre de celular mais próxima ou a uma "wi-fi zone". Também conhecida como Geração Y, ela é composta por aquelas pessoas que nasceram entre o começo dos anos 80 e o final dos anos 90 - e representa, atualmente, cerca de 20% da população mundial - no Brasil, são 55 milhões de pessoas, entre os 18 e os 34 anos de idade, dados do IBGE.

Ou seja, você tem, com certeza, muitos amigos nessa faixa etária e nem havia percebido suas características. Por definição, são jovens que nasceram com a certeza de que é possível colocar a vida inteira (incluindo relacionamentos, entretenimento e todo tipo de dados pessoais ou profissionais) em seu bolso - literalmente.

Foi pensando nas necessidades e novas formas de consumo de informação dos Millennials que o PayPal Brasil, no último mês de abril, encomendou à MindMiners, especializada em big data, uma pesquisa específica a respeito do assunto - divulgada integralmente na edição 2017 do Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa, publicado pela MegaBrasil. O estudo traz resultados bastante interessantes.

O WhatsApp, por exemplo, lidera quando o assunto é "veículo de comunicação mais usado". Já o Google foi o mais citado como fonte de informação e veículo de conhecimento/aprendizado. Não por acaso, as chamadas mídias tradicionais (principalmente revistas e jornais impressos e online) apresentaram índices bem mais modestos.

Um dado inusitado: cerca de um terço dos entrevistados pela MindMiners passa mais de 3 horas por dia no Facebook, mas menos de 3% avaliam que a rede social é um veículo de comunicação confiável. E 95% garantem que verificam a veracidade das notícias antes de compartilhá-las em seus perfis.

Será mesmo? Também de acordo com o estudo, o veículo mais usado pelos Millennials como fonte de informação é o Google (66,3%), seguido por Facebook (55%) e pela TV (51,3%). Do outro lado da balança, jornais impressos foram citados por somente 9,7% e revistas impressas, por 7,7%. O veículo mais usado como fonte de conhecimento/aprendizado é o Google (para fazer pesquisas), com 75,7%, seguido por YouTube (71,3%), TV (31,3%) e Facebook (26%).

Do outro lado da balança, revistas impressas e rádios foram citadas por 8,7% (cada). Os jornais impressos ficaram em último lugar, com 7,3%. Dentre as páginas do Facebook mais acessadas porque confiáveis, os líderes (em ordem decrescente) são G1/Globo, UOL, Folha de S. Paulo, Veja e Exame.

Já dentre os jornais diários mais lidos, Folha, Estadão e O Globo lideram. E dentre as revistas mais lidas estão Veja, Exame, Superinteressante e Época nesta ordem. Mas um fato preocupa bastante: 88,4% dos entrevistados que disseram acessar a edição online de jornais não têm assinatura do veículo. Ou seja, usam acessos de amigos e/ou familiares. Quando a fonte de informação são revistas online, essa porcentagem cai para 82%.

De maneira geral, 38% dos Millennials garantem que, ao clicar no link de uma matéria, fazem questão de ler o texto inteiro; e 5,7% confessam que só leem o título e o primeiro parágrafo. Outros 56% dizem que o nível de leitura depende da matéria. Os temas campeões de leitura, segundo a MindMiners, são: variedades/entretenimento (52,7%); saúde (47,3%); mundo (46,3%); e ciência (37,1%).

Os temas que geram menor índice de leitura completa são fashion (15,2%); sustentabilidade (16,6%); e turismo (18,4%). Já os temas campeões de leitura do título e do primeiro parágrafo são: política (39,5%); economia (38,4%); saúde (29,7%); variedades/entretenimento (29,2%); e ciência (28,6%).

Como você pode ver, a pesquisa é bastante ampla (os dados acima são highlights somente) e fomenta uma série de indagações pertinentes. Isso porque comunicar é um desafio constante para todos nós que trabalhamos nessa área, e o estudo da MindMiners nos mostra que esse desafio é ainda maior quando o público a ser impactado são os Millennials.

Mais do que nunca, informação de qualidade sobre esse público é fundamental para que as empresas possam se manter à frente (ou pelo menos no mesmo passo) de suas demandas.

Para encerrar, outro dado que precisa ser levado em consideração, quando olhamos mais atentamente para esta geração, vem de pesquisa da Accenture anunciada no início deste ano: daqui a uma década, ela representará mais de 75% da força de trabalho no mundo inteiro. Ou seja, estará dando as cartas. Está mais do que na hora de entendermos como esses jovens pensam, se comunicam e consomem informação.

* Tania Magalhães é diretora de Comunicação do PayPal para a América Latina.



Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli