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Daniela Mercury e a ressaca do ultraje do carnaval

Daniela Mercury e a ressaca do ultraje do carnaval

12/03/2017 Bady Curi Neto

Rendo minha homenagem aos obreiros anônimos que possibilitam que o carnaval ocorra.

O carnaval, a festa mais democrática de todas, em que homens, mulheres, jovens e crianças, independente do credo, sexo e condição financeira se unem para brincar ao som de sambas antigos e modernos.

Nesta festa da alegria, atrás de um trio elétrico ou de bloquinhos de bairros espalhados por todas as cidades, pessoas realizam o sonho de se verem livres dos estresses do dia a dia, das notícias de corrupção e da violência que assola o país.

Do Oiapoque ao Chuí, o Brasil se volta para os festejos, as brincadeiras, e as fantasias que vão das mais sofisticadas, a exemplo das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo, até às mais simples, como um colar de plástico, imitando um adereço havaiano.

Não importa a vestimenta do folião, e sim a felicidade carnavalesca. Para uma festa de tamanha extensão territorial e duração, quatro dias oficiais, existem trabalhadores que não podem gozá-la, são médicos, bombeiros, garis, entre outros tantos profissionais.

Rendo minha homenagem a estes obreiros anônimos que sem o glamour dos artistas, sambistas, cantores de trio elétrico, possibilitam que a maior festividade popular do país ocorra. Há pouco tempo, vivenciamos ou assistimos à greve da Policia Militar do Espírito Santo, que deixou a população da capital e de outros municípios daquele estado à mercê da bandidagem.

Escolas, postos de saúde, comércio e transporte público tiveram suas atividades suspensas, devido à violência que assolou as cidades que estavam sem policiamento. Foram mais de cento e trinta homicídios, assaltos, saques e outros crimes realizados a luz do dia, filmados pelos moradores recolhidos às suas residências, reféns da criminalidade.

Sem adentrar no absurdo e flagrante ilegalidade da greve, independente das razões que a motivaram, restou demonstrado que uma cidade sem a presença ostensiva da segurança pública se torna uma “terra sem lei”, um real caos social.

Em festas, nas quais há maior aglomeração de pessoas, culminadas com bebidas alcoólicas, a exemplo do carnaval, em que milhares de indivíduos se reúnem em um mesmo lugar, seria impossível imaginar a ausência da segurança pública com seu policiamento ostensivo.

Enquanto no mundo todo, artistas agradecem publicamente a presença do policiamento nos grandes eventos e shows, no Brasil, alguns artistas a ignoram e alguns, a exemplo da Daniela Mercury, fazem questão de ofender estes profissionais que, no exercício de seu ofício, estão presentes para garantir a segurança da população e a do próprio artista.

Digo isto, em razão do lamentável episódio televisionado e viralizado nas redes sociais, em que Daniela Mercury, do alto de seu trio elétrico, ao passar pelo camarote da Polícia Militar, no circuito de Campo Grande/Salvador, decidiu parar de cantar e dirigiu gestos obscenos às autoridades ali presentes, em uma atitude gratuita, de total desrespeito e desacato, passível de sanções cíveis e criminais. O proceder de Daniela Mercury transformou seu carnaval em ressaca do ultraje.

* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).



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