O fim do mito Lula
O fim do mito Lula
Inicio este artigo com a lição do ex-presidente dos EUA, Abraham Lincoln;
“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo, alguns por algum tempo, mas não consegue enganar a todos por todo o tempo. ” A história do operário que alcançou o cargo de majoritário maior da nação, fez do ex-presidente um mito, um homem acima de qualquer suspeita.
Em seu discurso de posse, foi enfático ao dizer: “O combate à corrupção e a defesa do trato da coisa pública será objetivos centrais e permanentes do meu governo; Não permitiremos a corrupção (...); Ser honesto é mais do que apenas não roubar e não deixar roubar. ”
O discurso não se apresentou real, o presidente não tinha plano de governo e sim plano de poder e, para tanto, utilizou de todos os meios ilícitos, nunca antes visto na história deste país, para enriquecer e abastecer a conta de seu partido, como perpetuação no comando do país.
A desfaçatez de seu Governo veio à tona no escândalo do mensalão, onde pessoas ligadas ao presidente e seu partido foram condenadas e presas, entre elas seu ex-Ministro da Casa Civil, o tesoureiro do partido, por corrupção, lavagem de dinheiro, etc.
O ex-presidente fez olhos de quem não viu, chegando a criticar o judiciário e dizer que aquilo era uma tentativa de golpe. A partir deste escândalo, iniciou-se outro, conhecido como Petrolão, onde empreiteiras que possuíam contrato com a Petrobras eram cooptadas, por um esquema criminoso, a repassar dinheiro de corrupção para os partidos da base aliadas.
Ao puxar o “fio de lã do novelo” restou demonstrado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público que o ex-presidente passou a comandar o que o Procurador da República Deltan Dallagnol denominou como sendo “Propinocracia”, forma de governo regido por propinas, fazendo uma paráfrase da fala do Ministro Gilmar Mendes do STF que chamou governo do PT de “Cleptocracia”.
Restou demonstrado que os desvios de recurso público comandado por Lula, não foram apenas para abastecer seu partido e de aliados, mas sim para enriquecimento ilícito, segundo denúncia apresentada pelo procurador do Ministério Público Federal.
O ex-presidente, “maestro desta grande orquestra concatenada para saquear os cofres da Petrobras e de outros órgãos públicos” (palavras de Deltan) que era ovacionado por onde passava e hoje é vaiado em público não podendo frequentar um simples restaurante, a tudo nega.
Mas é fato que para tentar impedir as investigações quis tomar posse como Ministro do governo Dilma, sendo impedido, por desvio de finalidade do ato administrativo de sua nomeação, pela Suprema Corte. Assim como é fato que delações premiadas o colocam no emaranhado da corrupção, que o apartamento que diz não ser dono foi reformado para sua família, que o sítio que diz de um amigo, possuía objetos de ordem pessoal, que outros bens pessoais eram armazenados em uma empresa e pagos por empresa empreiteira envolvida no escândalo da Petrobras.
Fato também que Lula está sendo investigado por tentativa de obstrução à justiça. Ora, quem nada deve nada teme. Não se pode enganar a todos por todo o tempo.
* Bady Curi Neto é advogado, ex-juiz do TRE –MG, fundador do escritório Bady Curi Advocacia Empresarial.