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O papel da família na educação para o consumo consciente

O papel da família na educação para o consumo consciente

30/07/2015 Marici Ferreira

A infância é, sem dúvidas, uma fase de experimentação e preparação para a vida adulta.

É nesta etapa que os pequenos começam a interagir com a comunidade, primeiro no círculo familiar e entre amigos; depois em grupos maiores, como a escola; num verdadeiro ensaio sobre como agir, em relação a direitos, deveres e, acima de tudo, responsabilidades.

Os pais, sempre atentos às evoluções e dificuldades de seus filhos, têm como principal função orientar neste longo caminho rumo à independência.

Cabe a eles, e a mais ninguém, fornecer informações, argumentos e exemplos, baseados em suas crenças e opiniões pessoais, para que as crianças possam aprender a lidar com os diversos aspectos da vida em sociedade.

Recentemente o debate de opiniões acerca da publicidade e consumo infantil ganhou destaque e levantou diversas dúvidas em relação aos papeis que devem ser desempenhados pela família e pelo governo em relação ao tema.

Alguns argumentam que as crianças não estão preparadas para lidar com este tipo de apelo e incentivo ao consumo, já outros acreditam que é importante aproveitar esse momento, educando para decisões de compra conscientes no futuro.

O fato é que cada família tem seu próprio ponto de vista para a questão e o pátrio poder deve ser respeitado de forma absoluta, seja para permitir que seu filho tome as próprias decisões ou para impedir que se envolva no ambiente de consumo.

Nas últimas semanas, uma importante cadeia de fast food garantiu na justiça o direito de fazer campanhas publicitárias para os produtos voltados para o público infantil.

O texto da decisão se baseou em 4 premissas: vivemos em uma sociedade capitalista; cabe à família dar boa educação aos filhos; as crianças bem informadas conseguem resistir aos apelos consumistas; e o Estado não pode sobrepor-se às obrigações familiares.

Observem que a discussão é muito maior que o consumo infantil em si, afeta o direito absoluto de cada pai e mãe decidirem o que é melhor para os seus filhos. A proposta de proibir a publicidade infantil vai de encontro ao direito democrático do cidadão.

Ao sugerir que as crianças devam ser excluídas do ciclo de consumo, o governo se sobrepõe ao pátrio poder e impede que elas possam aprender com esta vivência. É importante ressaltar que estamos, sim, em uma sociedade capitalista e, em determinado momento da vida, todos estão expostos aos apelos do consumo.

Como seria a integração de uma criança que foi privada desta experiência na infância? Se os primeiros anos são uma fase de aprendizado, porque não aproveitá-la para conscientizar a respeito da importância de consumir de forma responsável? Acredito que com a orientação e acompanhamento da família, as crianças possam ser educadas a interagir de forma natural com este aspecto social que impacta diretamente nosso cotidiano.

* Marici Ferreira é presidente da ABRAL – Associação Brasileira de Licenciamento e diretora de redação das revistas Zero à Três e Espaço Brinquedo, especializadas no segmento infantil.



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