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Bruce Lee – 81 anos do ator que revolucionou o cinema de artes marciais

Bruce Lee – 81 anos do ator que revolucionou o cinema de artes marciais

10/12/2021 5 Estrelas

Esta lenda verdadeira do cinema conquistou plateias no mundo todo, lutando vários tipos de artes marciais de forma inigualável.

Bruce Lee – 81 anos do ator que revolucionou o cinema de artes marciais

Se estivesse vivo, o grande artista marcial e astro do cinema, Bruce Lee, teria completado 81 anos no último dia 27 de novembro. Além de seu estilo inconfundível, ele foi um lutador incansável, que superou muitos desafios na vida até se tornar um ícone cultural.

Mesmo não sendo um mestre da atuação, Bruce conquistou plateias de todo o planeta, lutando vários tipos de artes marciais de forma graciosa e praticamente inigualável até os dias de hoje.

Além disso, ele fez filmes fantásticos, se tornando o primeiro astro chinês internacional do mundo, superando completamente as barreiras de raça e nacionalidade.

Lee se tornou conhecido em todo o mundo, especialmente entre os chineses, com base em sua representação do nacionalismo chinês e entre asiático-americanos, por desafiar os estereótipos associados ao homem de origem asiática.

Ele treinou na arte do Wing Chun (Kung Fu), e mais tarde o associou a outras influências de sua filosofia pessoal, um estilo que apelidou de Jeet Kune Do (O Caminho do Punho Interceptador).

Infelizmente, o ator morreu precocemente no auge da fama, com apenas 32 anos, em 20 de julho de 1973, vítima de um edema cerebral, causado por uma reação medicamentosa.

A difícil adolescência de Bruce Lee

Lee Jun-fan nasceu no dia 27 de novembro de 1940, na área de Chinatown, na cidade de São Francisco, Califórnia, quando os pais viajavam em turnê com um circo oriental, mas morou na China durante a adolescência, em Foshan e na vizinha Hong Kong, cidades que foram importantíssimas para sua formação.

Foshan era famosa pelas cerâmicas artesanais, surgindo ao norte do rio Pérola, a partir da descoberta de três estátuas de Buda durante a dinastia Tang, e se tornou o porto mais importante da China, que exportava chá, porcelana e seda para o Ocidente.

Contudo, foi por lá que a Inglaterra infiltrou seu ópio proveniente da Índia durante anos, alimentando cada vez mais o vício na população chinesa, a fim de evitar sua própria falência.

Nessa época o país importava cerca de 4.500 pacotes com 15 quilos da droga por ano, quantidade que quadruplicou até 1835, chegando a 450 toneladas em 1839.

Para defender a economia e a saúde popular, o governo proibiu o consumo de ópio nessa época, perseguindo vendedores e prendendo traficantes. A Inglaterra, insatisfeita com a medida chinesa, declarou guerra à China duas vezes.

São as chamadas Guerras do Ópio, uma ocorrendo entre 1839 e 1842 e a outra, de 1856 a 1860. As consequências delas pertencem à história que nos leva ao começo do treinamento de Bruce Lee.

Com a Revolução Chinesa, o governo comunista começou a combater a cultura dos mestres das artes marciais. Muitos foram executados, outros enfrentaram o exército antes de serem mortos, e alguns fugiram ou se esconderam.

Soldados invadiam os templos para assassinar os mestres, e foi nesta época que Yip Man fugiria para Hong Kong, onde seu caminho enfim se cruzaria com o de Bruce Lee.

Neste momento a cidade foi inundada com pessoas que tentavam escapar do governo comunista repressivo, o que a levou à superlotação, sendo invadida por desabrigados, pobreza e criminalidade.

Aos 13 anos de idade, o jovem Lee foi brutalmente atacado por uma gangue, fato que o levou a procurar por alguém que pudesse lhe ensinar Kung Fu. Essa atitude faria dele um vencedor em meio àquelas ruas violentas.

O cenário nesse momento da sua vida, facilmente poderia tê-lo levado a entrar para o caminho das drogas, necessitando de tratamentos para dependentes químicos no futuro, mas as artes marciais fizeram com que ele se desviasse dessa realidade. 

Logo o garoto mostrou que tinha muito potencial entre os alunos do mestre Yip Man, apesar de só treinar inicialmente com o seu colega Wong ShunLeung, pois os demais se recusavam a dividir aulas com um "meio americano".

Nessa época, o jovem não somente aprendeu kung fu, como também praticou boxe, jiu-jítsu, shotokan, savate, esgrima, judô, tae kwon do, wrestling, hapkido, aikido e rai chi chuan.

Lee fazia parte de uma gangue chamada Tigres de Junction Street, e até o final de sua adolescência, as brigas de rua se tornaram mais frequentes, com o garoto chegando a se envolver em problemas com uma temida tríade familiar.

Nessa época, ele espancou um rapaz, ao ponto de arrancar-lhe um dente, com sua mãe precisando ir à delegacia assinar um documento, onde assumia total responsabilidade pelas ações de Bruce se o libertasse sob sua custódia.

Ela sugeriu que ele voltasse para os Estados Unidos, e o pai de Lee concordou, uma vez que as perspectivas do garoto na faculdade, caso ele permanecesse em Hong Kong, não eram as mais promissoras.

A carreira nos EUA

No início da década de 60, Bruce começou a ensinar artes marciais para alguns amigos que conheceu em Seattle, onde também abriu sua primeira escola de artes marciais, chamada Instituto Lee Jun-fan Kung Fu.

Bruce acreditava que todo o conhecimento deveria ser compartilhado, e aceitou estudantes caucasianos e negros em sua turma, mesmo sofrendo com as represálias da comunidade chinesa.

Ele conseguiria alguns papéis em programas de TV americanos e filmes, incluindo a icônica série "O Besouro Verde" (1966-1967), mas ainda assim, sua carreira como ator não despontou completamente devido ao racismo existente na época.

A maioria dos executivos de TV e produtores não estavam dispostos a correr o risco de lançar um homem asiático em um papel principal.

Apesar disso, Lee atraiu grande atenção de famosos que estavam dispostos a aprender com suas técnicas de luta. Entre seus alunos, podemos citar celebridades como, Steve McQueen, Joe Lewis, Chuck Norris, James Coburn e Kareem Abdul-Jabbar.

Bruce tentou desencorajar educadamente esses astros, elevando o valor de seus honorários, pois não queria dar a impressão de que Kung Fu poderia ser dominado com algumas lições simples, mas quanto mais ele aumentava os preços, mais alunos conseguia.

Durante os anos 70, Bruce Lee estava em busca de papéis, e dessa forma tentou lançar sua própria ideia para estúdios de TV. Sua proposta era sobre um artista marcial chines vagando pelo Velho Oeste e usando kung fu para lidar com os malfeitores.

Infelizmente, os estúdios não mostraram interesse, por acharem que a ideia não funcionaria se a estrela principal fosse “chinês demais”.

Seu projeto foi recusado na época, mas alguns anos depois, a clássica série Kung Fu, estrelada por David Carradine, acabou sendo produzida e se tornando de fato, um enorme sucesso.

O nome de Bruce Lee não está nos créditos, muito menos ele recebeu algo por ter colaborado na sua criação, pois de acordo com o próprio estúdio, o programa não foi baseado no projeto dele.

Por mais incrível que possa parecer, Bruce Lee estrelou apenas cinco filmes no início dos anos 1970, sendo eles, O Dragão Chinês (1971) e A Fúria do Dragão (1972) de Lo Wei, O Voo do Dragão (1972), da Golden Harvest, dirigido e escrito por Lee, Operação Dragão da Warner Bros. e Golden Harvest (1973), e Jogo da Morte (1978), ambos dirigidos por Robert Clouse.

Contudo, seus filmes produzidos em Hong Kong e Hollywood, ajudaram a elevar a qualidade das tradicionais produções de artes marciais para um novo nível de popularidade e aclamação.

Os longas estrelados por ele despertaram grande interesse por parte da nação chinesa, assim como chamou a atenção do Ocidente para as artes marciais chinesas na década de 1970.

A direção e o tom de suas produções influenciaram e mudaram dramaticamente o formato dos filmes do gênero, e surpreendentemente, a morte trágica e prematura de Bruce Lee realmente criaria uma nova vertente de filmes de Kung Fu.

Bruce Lee era tão popular nesta época, que os cineastas perceberam que praticamente qualquer coisa lançada com o seu nome ou imagem iria vender extraordinariamente, mesmo depois de sua morte.

Para se ter uma ideia do absurdo, na tentativa de esticar o filme Jogo da Morte, os cineastas ainda chegaram a utilizar cenas de tiros reais e do funeral de Bruce Lee.

Essa prática iria continuar durante anos, com o surgimento de muitos sósias horríveis aparecendo em uma série de filmes ruins, em títulos que eram apenas remixes de antigas produções do ator.

A morte de Bruce Lee

Em 10 de Maio de 1973, Bruce desmaiou no estúdio Golden Harvest, enquanto trabalhava no filme "Operação Dragão". Ele sofreu convulsões e dores de cabeça, sendo imediatamente levado para um hospital, onde os médicos diagnosticaram um edema cerebral.

Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração do medicamento manitol, mas esses mesmos sintomas ocorreriam também no dia da sua morte.

Em 20 de julho de 1973, Bruce Lee foi à cidade de Hong Kong, para um jantar com o ator George Lazenby ("007: A Serviço Secreto de Sua Majestade"- 1969), com quem pretendia fazer um filme.

Segundo sua esposa, Linda Lee, eles se encontraram com o produtor Raymond Chow por volta das 14 horas em sua casa, para discutir detalhes sobre a realização de "Jogo da Morte".

Eles trabalharam até as 16 horas e depois dirigiram juntos para a casa da colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três passaram o script, e mais tarde, Lee voltou a se queixar de fortes dores de cabeça.

Ting deu-lhe um analgésico chamado Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular e ele foi se deitar, mas quando Bruce não apareceu para o jantar, eles repararam que ele não acordava.

Um médico foi chamado e passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de chamar uma ambulância, mas Lee foi dado como morto no momento em que chegou ao hospital.

O ator tinha 32 anos e a única substância encontrada durante a autópsia foi somente o Equagesic. O produtor Raymond Chow declarou em uma entrevista, que Lee morreu devidoa à uma reação anafilática ao medicamento.

Contudo, no programa "Autópsia de Famosos", do Discovery Channel, o médico legista Richard Shepherd, concluiu que houve uso excessivo de cortisona, por conta da hérnia de disco que Bruce Lee sofria há 3 anos, o que ocasionou uma crise adrenal.

As circunstâncias sobre a morte de Bruce Lee são um tema bastante controverso até os dias atuais, mas de fato, todos os boatos e contradições nunca irão apagar o belíssimo legado deixado por um dos maiores artistas marciais da história do cinema.



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