Veganismo ganha mais adeptos no Brasil e empresas entram na tendência
Veganismo ganha mais adeptos no Brasil e empresas entram na tendência
O movimento vegano está ganhando cada vez mais força no Brasil.
Nos últimos anos, várias das percepções sobre o veganismo mudaram, com o assunto tendo mais espaço para debates e discussões nas mídias. Agora, a tendência vai muito além do simples ato de não comer carne, e passa por quase todas as ações e escolhas de consumo do dia-a-dia.
Essencialmente, o vegano é aquele que não consome nenhum produto que tenha origem animal. Isso não passa apenas pelos alimentos, mas também pelos cosméticos que não testam em animais, pelas roupas de origem sustentável e por vários outros produtos. A intenção principal não é apenas melhorar a própria saúde através das alimentações sem carne, mas também mostrar que é possível um estilo de vida que não faça tão mal ao meio ambiente, propondo alternativas para o futuro.
O segmento de cosméticos veganos, por exemplo, foi mais um impulsionado pela tendência de consumo consciente emergente na pandemia. Há estimativas de que este mercado cresça R$18 bilhões até 2024 e R$118 bilhões até 2027. Para não perder o grande número de clientes que começa a aderir ao veganismo, as empresas estão precisando se adaptar rapidamente, tanto na alteração de seus produtos, quanto nas estratégias de marketing para reafirmar a sustentabilidade do processo produtivo.
No entanto, mesmo que o movimento do veganismo passe por outras esferas, o maior desafio para quem decide se tornar vegano é na alimentação. É preciso ficar atento a várias dicas nutricionais para obter os nutrientes necessários para o organismo. Mas, visando conquistar este público que se preocupa com a natureza, as empresas estão investindo mais na criação de produtos sem origem animal.
Até há alguns anos, a maneira mais comum de "substituir" a carne no cardápio era a proteína de soja. Hoje, já existem vários outros produtos que podem cumprir este papel, como a proteína de ervilha, que fornece o nutriente através da suplementação, permitindo uma alimentação mais variada e sem a preocupação de tentar encaixar a proteína de outras maneiras no cardápio.
A quantidade de empresas fabricando hambúrgueres a base de plantas também cresce sem parar. Até mesmo as grandes redes de fast-food, famosas por suas carnes, já aderiram à tendência. Além disso, as variações do tradicional hambúrguer também se popularizaram: tem de feijão, de castanha, de beterraba, de grão-de-bico, de lentilha, de cogumelo, de abobrinha, de batata-doce, entre vários outros alimentos.
Este público de novos veganos, além de forçar mudanças nas empresas tradicionais, também acaba criando oportunidades para quem quer empreender com foco no nicho específico. Levantamentos mostram que a quantidade de estabelecimentos comerciais, principalmente restaurantes, com foco no veganismo, mais do que dobrou nos últimos anos em algumas regiões brasileiras. Agora, a tendência começa a chegar às cidades menores, mostrando que provavelmente veio para ficar.