Frutas cítricas em alta, mas exportação pode melhorar
Frutas cítricas em alta, mas exportação pode melhorar
Os produtores de frutas cítricas do Norte de Minas estão sentindo um cheirinho de mercado em alta.

Segue num tom de otimismo a expectativa de aumento da produção de caixas de 40,8 kg de laranja, de limão, de lima e de tangerina em relação à safra passada, de 2020/2021.
Eles também apostam no aumento do volume de exportações dos citros, que no ano passado foi um pouco abaixo do esperado em razão da queda de 1,02% na venda de laranjas para o mercado internacional, principalmente em função da concorrência mexicana nas importações norte-americanas. Com o aumento da produção, acredita-se que essa diferença deverá ser bem compensada.
A participação do Norte de Minas nesse cenário é bastante relevante, o que coloca a região em local de destaque no agronegócio brasileiro. No quesito qualidade, é inevitável, para não dizer obrigatório, falar da excelência que os fruticultores vêm adotando na região. É isso o que tem tornado os produtores um pólo de referência não só para o Estado, mas de importância ímpar para o país, com grande impacto no abastecimento de frutas ao mercado nacional e internacional.
E olha que ainda há muito a melhorar. Há um consenso entre os produtores locais de que é necessário intensificar a competitividade, e isso envolve estruturação e melhoria da cadeia logística, eficiência produtiva, relacionamento e melhores políticas comerciais com os intermediários, pensando em as partes.
Além disso, há um campo científico enorme a ser explorado em favor da produção, o que permitirá desenvolver aspectos qualitativos de cada fruta, como a padronização e o sabor. E eles não estão alheios a isso. Muito pelo contrário, já há todo um alinhamento em curso no sentido de aperfeiçoamento de produtos e técnicas que já são excelentes por natureza. O plantio e a sede de crescimento correm no sangue dos agricultores.
É um trabalho que passa por etapas importantes. É necessário envolver os fruticultores, sensibilizar a comunidade, aproximar de órgãos públicos, entidades de fomento, relacionar-se melhor com o mercado, conversando com os representantes comerciais, distribuidores, varejistas e, claro, com o consumidor. Ou seja, envolver-se com todos os elos da cadeia de valor da fruta.
Quando isso acontecer, o Norte de Minas, que já tem recursos poderosos de crescimento, passará certamente a desfrutar de um período ainda mais promissor de sua fruticultura. É uma caminhada que já está acontecendo, e que deixa o próprio mercado ainda mais animado para as futuras safras.
* Luiz Antunes, Diretor da 2DA Negócios+Território, empresa com grande experiência em estratégias de posicionamento de marcas e no fortalecimento de lideranças.
Fonte: Naves Coelho Comunicação