Quaresma e Páscoa estimulam consumo de bacalhau
Quaresma e Páscoa estimulam consumo de bacalhau
O peixe ainda é visto como um prato sazonal devido aos preços altos, aponta pesquisa.

Depois do carnaval a oferta de pescados no Brasil aumenta consideravelmente em vista do período de Quaresma, no qual, seja por questões religiosas ou simplesmente por hábito, muitas pessoas deixam de lado a carne vermelha e investem em peixes.
Nesta época do ano os supermercados e casas especializadas costumam criar espaços exclusivos para o bacalhau, um dos mais procurados pelos brasileiros. O peixe se popularizou no país após a chegada da corte portuguesa e já foi considerado um prato popular, mas, com os impostos de importação aplicados desde a década de 60, o preço passou a ser tão salgado quanto o próprio peixe e afastou o pescado do cardápio cotidiano.
Por isso, é comum ver a procura pelo peixe crescer somente em datas especiais como réveillon, Quaresma e, especialmente, a Páscoa, tornando o pescado um produto sazonal para a maioria das famílias. É o que comprova um levantamento exclusivo, realizado pela Banca do Ramon, um dos empórios mais tradicionais do Mercado Municipal de São Paulo, que ouviu 1.360 consumidores a fim de obter uma perspectiva da relação dos brasileiros com a alimentação e seus hábitos de consumo.
A pesquisa “Do essencial ao Gourmet - O que os brasileiros pensam sobre alimentação saudável e produtos premium”, deixa evidente que, tratando-se de bacalhau, embora o peixe seja bastante apreciado pelos brasileiros – 50% afirma consumi-lo até três vezes ao ano, enquanto 39% o faz quatro ou mais vezes no mesmo período –, o prato ainda está restrito, em sua maioria, a datas específicas como a Páscoa e a Quaresma.
A maioria dos entrevistados (51%) afirma que consome o peixe, geralmente, em ocasiões especiais. Por outro lado, 36,5% revela que o bacalhau está presente nas refeições do dia a dia. Quando questionados sobre a origem do melhor bacalhau, os campeões, de acordo com os entrevistados são: o bacalhau Norueguês (47,2%) e o Português (19,6%).