Tendências da alimentação mundial
Tendências da alimentação mundial
Dentro de pouco tempo, os insetos farão parte da alimentação humana.
Recentemente participei da Feira Anuga em uma viagem, na qual nove micro e pequenas empresas gaúchas de alimentos e bebidas A&B foram selecionadas para a Missão Empresarial Internacional promovida pelo SEBRAE RS e a FIERGS, na Alemanha.
Durante esta feira, são apresentadas as tendências mundiais de alimentação. Dentre os conceitos que vi no evento, ressalto alguns.
Os snacks, como chamam as pequenas refeições, estão tomando o lugar de uma alimentação mais completa. A razão aparente seria as pessoas estarem otimizando suas vidas, fazendo uma refeição mais equilibrada e que leve menos tempo para ser consumida.
Por isso, as empresas tradicionais vêm criando versões de seus clássicos em formatos diferentes para não perderem espaço no mercado.
Um fato curioso é a de que, dentro de pouco tempo, os insetos farão parte da alimentação humana e por um motivo muito simples: são fáceis de serem reproduzidos e praticamente toda sua estrutura é comestível, evitando desperdícios, diferentemente das carnes de gado e frango.
O hiperlocalismo, que é preferência por produtos locais, já não é somente uma novidade, é uma realidade mundial.
Neste caso, também se adapta como uma opção de preservação ambiental, já que consumir o produto próximo ao local onde é produzido reduz a emissão de carbono, além de ativar a economia local.
Evidencia-se também o atendimento focado na experiência do usuário, pois os clientes nunca estiveram tão ávidos por novos sabores, aromas e experiências.
E, através desta atuação diferenciada, criar emoções e sensações resgatando memórias através dos alimentos.
Para finalizar, gostaria de falar sobre o segmento de alimentação do reino das plantas, plant based, alimentos híbridos constituídos de partes de vegetais.
Um exemplo desta tendência são os hambúrgueres compostos 100% por vegetais com cor, sabores e suculência de carne, satisfazendo, assim, quem deseja reduzir o consumo de proteína animal sem perder o paladar.
E, cada vez mais, terão produtos com alguma quantidade de vegetais na sua composição.
* João Melo é proprietário do Restaurante Gambrinus.
Fonte: Camejo Estratégias em Comunicação