Ao ler meu artigo de ontem, um amigo se disse intrigado de ver um liberal atacando grandes empreendedores, afinal, segundo consta, o liberalismo tem, entre seus princípios, a defesa do empreendedorismo.
O Brasil é um país estranho, cheio de contradições, onde direitos e deveres frequentemente se confundem – vejam, por exemplo, a instituição do voto obrigatório, recentemente ratificada pelo Congresso Nacional no último arremedo de reforma política ali negociada.
Com previsão de investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos, o governo federal anunciou no dia 9 de junho a nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL), que vai privatizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos.
O estimado leitor certamente já leu ou ouviu que o liberalismo é uma filosofia “dogmática”, por incitar uma suposta fé irracional num certo “deus mercado”.
Ao primeiro sinal de vazamento de petróleo no mar, a imprensa mundial, mais que depressa, começa a publicar fotos de aves marinhas cobertas de óleo, agonizando até a morte.
Quem quer que defenda ou divulgue publicamente o liberalismo já foi alguma vez acusado de estar a serviço de “interesses comerciais” – ou pior, de prostituir suas opiniões ao vendê-las a grandes corporações.
Uma das “vacas sagradas” da esquerda atua – além da eterna reverência ao velhaco Karl Marx – são os modelos econômicos e sociais dos países nórdicos, notadamente o sueco.