Com o PIX, economia para os lojistas
Com o PIX, economia para os lojistas
Vendas mais rápidas e seguras para o consumidor.
Hoje o processo de pagamento on-line pelo consumidor é a parte mais demorada no processo de compra.
Mas a partir da entrada em funcionamento do PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, a vida ficará mais fácil tanto para o lojista quanto para os clientes, afirma Valquírio Cabral Jr., consultor especializado em vendas para o varejo e sócio-diretor do Grupo Cabral, com 23 lojas franqueadas no País.
O PIX deve substituir os complicados e caros TED, DOC e cartões de débito e os pagamentos à vista ganharão enorme agilidade.
Valquírio acredita que no caso dos lojistas o novo sistema deve gerar uma grande economia “Com o PIX, a taxa bancária pode ser reduzida a centavos”, avalia.
Além disso, o valor da venda à vista é debitado na hora, quando hoje os pagamentos por outros meios levam até dois dias para entrar na conta dos comerciantes.
Para o consumidor, a grande vantagem será passar o PIX, muito mais rápido e mais seguro, sem precisar andar com o cartão de débito, usando apenas o celular.
No dia 16 de novembro, o PIX começará a funcionar ininterruptamente, por 24 horas e todos os dias da semana, para todos os consumidores e empresas que se cadastraram nos bancos.
Em 3 de novembro o BC e instituições financeiras deram início à primeira fase de testes do sistema. O serviço foi liberado para um grupo restrito de clientes cadastrados e escolhidos pelos bancos.
No primeiro dia, a maior transação registrada foi de R$ 35 mil e o número de chaves usadas chegou a 60 milhões. Valquírio acredita que a adesão deverá ser grande e rápida.
“Já devemos ter uma boa ideia dos resultados do PIX com o Black Friday, que acontece dia 27 de novembro. Minha expectativa é que teremos bons reflexos nas vendas.”.
Rapidez e segurança – Segundo Valquírio, atualmente custa caro vender e é mais caro ainda receber do consumidor.
Hoje, o lojista paga taxas de até 4% para o banco de todo o dinheiro que entra na conta proveniente de uma venda, sendo que muitas vezes seu lucro não chega nem ao percentual da taxa. E quanto maior o risco do negócio - por exemplo, uma joalheria - maior a taxa do cartão.
“A entrada do PIX deve acelerar muito os negócios e, com o tempo, as lojas podem até parar de aceitar cartão de débito. Com o novo sistema será possível também eliminar o aluguel da maquininha de passar cartão, muitas vezes a um custo de R$ 200 por máquina/mês. E as longas filas dos caixas para pagar, tão comuns nas lojas no final do ano, deverão diminuir”, prevê.
Para o consultor, os preços dos produtos têm mesmo a chance se diminuir, com a promoção de descontos caso o PIX seja usado para pagamento. As compras de pequenos valores também devem se beneficiar.
“Às vezes o consumidor está sem dinheiro e não quer usar o cartão de débito para uma compra pequena. Vai usar o PIX”.
Outra vantagem é a possibilidade e receber suas compras mais rapidamente. “Muitas vezes a cliente demora pelo menos dois dias esperando o comerciante confirmar os depósitos antes a entrega. Agora, é possível comprar e receber no mesmo dia”, diz Valquírio.
O consultor destaca que o Banco Central está disposto a autorizar também um meio de pagamento pelo WhatsApp, o que pode ocorrer até o fim o ano. Por ele, o pagamento seria finalizado imediatamente no ato da venda.
“O consumidor ganha tempo e a loja também. Além disso, evita desistências no processo de compra pelo cliente, o que ocorre em número bem pequeno, mas sempre representa uma perda para o lojista”.
* Valquírio Cabral Júnior é CEO da Valquírio Cabral Consulting.
Fonte: Betini Comunicação