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Como escolher um candidato?

Como escolher um candidato?

31/08/2018 Hyury Potter (DW)

Informações falsas que circulam na internet podem dificultar decisão sobre em quem votar.

Como escolher um candidato?

DW reúne ferramentas que propõem combater "fake news" e fiscalizar políticos e que podem ajudar o eleitor diante da urna.

Decidir em qual candidato votar em outubro pode ser um desafio em meio à avalanche de informações compartilhadas em redes sociais e em grupos no Whatsapp. Uma pesquisa do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (Gpopai) da Universidade de São Paulo (USP), realizada no ano passado, apontou que pelo menos 12 milhões de pessoas compartilham notícias falsas sobre política no Brasil.

Escândalos como o da empresa britânica Cambridge Analytica, acusada de ter interferido nas eleições americanas de 2016 e no Brexit, acendem um sinal de alerta na corrida por votos no Brasil. O caso mais recente no país foi o do pagamento de influenciadores digitais para campanha eleitoral supostamente ilegal nas redes sociais para políticos do PT e do PR. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Eleitoral.

Se por um lado houve um aperfeiçoamento dos produtores de conteúdo duvidoso ou mesmo falso, também é possível perceber avanços para combater as chamadas fake news. Há sites que acompanham gastos públicos e processos a que políticos respondem na Justiça. Outros analisam a veracidade de declarações e até quanto cada político pagou pelo almoço usando cota parlamentar.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) apoia alguns sites e aplicativos que ajudam a encontrar checagens já feitas ou permitem que o próprio usuário busque a informação que deseja sobre políticos ou ações públicas.

"A melhor precaução contra notícias falsas é a cautela. Em veículos de comunicação e em agências de checagem, haverá profissionais dedicados a combater a disseminação de boatos durante a campanha eleitoral. Recomendamos que se divulgue ao máximo esse trabalho. É a informação de qualidade que precisa ser compartilhada", afirma Daniel Bramatti, presidente da Abraji e editor do Estadão Dados.

Uma das pioneiras foi a ONG Transparência Brasil, fundada em 2000 e que lista processos envolvendo políticos e despesas de campanha em eleições. A diretora de operações da ONG, Juliana Sakai, explica que o Brasil deu um grande passo em 2012, quando a Lei de Acesso a Informação entrou em vigor no país.

Ações como esta ajudam a combater as fake news, diz Sakai, destacando que não se trata de algo novo na política, especialmente em tempos de campanha eleitoral.

"Sempre houve notícias falsas e propagação de crenças sem amparo em dados. Sempre houve campanhas de disseminação de mentiras políticas e conversas de botequim que as reproduziam. Mas não é todo cidadão que está interessado em checagem de informações", afirma Sakai.

"Boa parte do eleitorado já tem definido seu campo político e tende a acreditar nas informações que reforçam seu ponto de vista. A checagem interessa ao eleitor indeciso, que vai dedicar algum tempo para tentar escolher melhor uma candidata ou candidato e confrontar informações", aponta.

Checagem de fatos

Profissionais que trabalham na linha de frente da batalha contra notícias falsas apontam a educação digital como principal arma. Cristina Tardáguilla, diretora da Agência Lupa, trabalha com fact-checking e aponta que a demanda por verificação é maior que a capacidade de checagem.

"A principal ferramenta para evitar notícias falsas é a educação. Não existem jornalistas suficientes para lidar com o volume de informações falsas que circulam em aplicativos como Whatsapp. As pessoas precisam entender que elas são responsáveis pelo que compartilham. É necessário que o brasileiro se torne um cidadão digital completo, conceito do qual ainda estamos distante", afirma.

A Lupa oferece cursos rápidos de checagem para jornalistas e não jornalistas, com duração de 6 a 8 horas, nos quais é possível entender a forma de produção de notícias falsas e princípios básicos de verificação da informação.

Em períodos eleitorais, a verificação de uma informação antes do compartilhamento pode resultar em votos para candidatos alvo de notícias falsas. Os sites Aos Fatos e Truco (Agência Pública), junto com a Lupa, são os únicos brasileiros registrados na Internacional Fact-Checking Network (IFNC), instituição que reúne sites de checagem de diversos países.

O que o candidato fez nos últimos anos?

Por onde anda aquele deputado em quem você votou em 2014 e, principalmente, o que ele fez no cargo de lá para cá? Os candidatos a presidente e a governador respondem a algum processo na Justiça? São alvos da Operação Lava Jato? As respostas para essas perguntas podem ser cruciais na hora de escolher em quem votar.

O projeto Operação Serenata de Amor é o berço de dois bots do bem: Rosie e Jarbas. Os robôs foram programados para analisar e apresentar as despesas suspeitas com verba indenizatória (ressarcimento de despesas relacionadas ao exercício de um mandato) de todos os 513 deputados federais. Criado em 2016, o projeto já encontrou 8.276 despesas suspeitas, como gasto exagerado com alimentação e até pagamentos realizados em estados diferentes em poucos minutos.

Para verificar a situação do seu deputado, basta acessar a página do Jarbas e colocar o nome dele na busca. O resultado vai mostrar quando, quanto e onde o parlamentar anda gastando a verba indenizatória.

A ONG Repórter Brasil, especializada em estudos sobre trabalho escravo no Brasil, disponibilizou em janeiro a ferramenta Ruralômetro, que mede como os deputados federais eleitos em 2014 agiram frente a projetos de lei e medidas provisórias que têm impactos sobre o meio ambiente, os povos indígenas e trabalhadores rurais. Para saber como o deputado em quem você votou em 2014 ou no qual você pretende votar em 2018 se posicionou sobre esses temas, basta usar a busca interativa do Ruralômetro.

Lançado oficialmente em maio deste ano, o Vigie Aqui destaca o nome de cada político selecionado em roxo sempre que ele for citado em matérias que estão em buscadores da internet. No site há um passo a passo para baixar e usar o aplicativo. A ficha processual dos políticos, que incluem presidente, ex-presidente, governadores e membros do Congresso Nacional, é atualizada por alunos da PUC-PR.

Sites a Apps para seguir

1. Para acompanhar contas e atuação de políticos:

https://ruralometro.reporterbrasil.org.br

https://jarbas.serenata.ai

https://diario.serenata.ai

https://www.transparencia.org.br

http://www.vigieaqui.com.br

2. Para verificar verdades e mentiras sobre os candidatos:

https://aosfatos.org

http://piaui.folha.uol.com.br/lupa

https://apublica.org/checagem



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