Investimentos: é preciso ter muito dinheiro?
Investimentos: é preciso ter muito dinheiro?
Ao longo dos anos, a ideia de que o mercado financeiro era restrito a pessoas de alta renda foi ganhando força no Brasil.
Isso vinha acontecendo muito em função da ação dos bancos, que restringiam os melhores produtos financeiros a determinados perfis, inviabilizando o acesso ao grande público.
Entretanto, com o processo de desbancarização, surgiram instituições alternativas, que têm apresentado soluções diversificadas para públicos diferentes.
É nessa lógica que o mercado passou a se abrir, inclusive para quem não possui grande poder aquisitivo.
Estratégia e aportes baixos
O fato é que não é preciso ter muito dinheiro para investir, pois boas soluções financeiras permitem que o investidor acumule renda ao longo dos anos mesmo começando com aportes baixos. Isso acontece por conta do efeito dos juros compostos, que fazem o dinheiro render mais com o passar do tempo em comparação com os juros simples.
Os juros compostos são aqueles que aparecem no cheque especial, incidindo no primeiro dia sobre o valor inicial, no segundo, sobre o juro do primeiro dia e assim por diante até que a quantidade devida se torne significativa.
Um exemplo de como esse cálculo pode ser usado a favor do investidor é o Tesouro Direto. Na modalidade prefixada, é possível investir a partir de 30 Reais em títulos que levam anos para vencer. Consequentemente, com uma boa estratégia, o investidor pode fazer aportes mensais e acumular um volume considerável em longo prazo, recebendo com juros compostos o valor emprestado ao governo.
Como investir sem ter muito dinheiro
É preciso que se esteja atento a algumas ações que costumam gerar melhores resultados. A primeira recomendação é fazer uma análise detalhada do próprio perfil de investidor. Esse serviço costuma ser oferecido gratuitamente por corretoras de valores e ajuda o cliente a saber quais são as opções mais interessantes para suas características pessoais.
Além disso, é necessário considerar três elementos fundamentais no mercado financeiro: rentabilidade, liquidez e segurança. Esses conceitos são tão importantes que são conhecidos como tripé de investimentos. Não é possível encontrá-los em um mesmo ativo. Assim, é preciso priorizar um ou dois desses elementos ou então montar uma carteira diversificada de investimentos para que os três apareçam no conjunto de aplicações.
Identificando o seu perfil, o investidor pode recorrer a investimentos compatíveis com ele. No caso de quem conta com pouco dinheiro, a tendência é que busque maior segurança e liquidez para proteger seu patrimônio, ainda que isso esteja associado a investimentos com uma rentabilidade menor quando comparados a outras opções.
Investimentos para quem não tem muito dinheiro
O Tesouro Selic é um investimento no governo brasileiro. Ele funciona como um empréstimo ao Tesouro Nacional que segue a taxa básica de juros, a taxa Selic. Na prática, o investidor adquire os papéis e na data acordada recebe seu dinheiro de volta acrescido de juros. A rentabilidade acompanha a variação da taxa Selic, por isso, tende a ser consideravelmente superior à da Poupança.
Já os Fundos DI seguem a variação da taxa de juros conhecida como DI, que é comumente usada como parâmetro para fundos de renda fixa. Os Fundos DI são administrados por gestores, o que garante que mesmo pessoas sem experiência tenham acesso a soluções interessantes.
Existe também o Certificado de Depósito Bancário, conhecido como CDB, investimento no qual os empréstimos são realizados a instituições financeiras. Assim como acontece com o Tesouro Selic, no CDB os prazos são definidos previamente para que o dinheiro emprestado seja devolvido com juros, que podem variar de acordo com cada oferta.