Bancos europeus financiam exploração de petróleo na Amazônia
Bancos europeus financiam exploração de petróleo na Amazônia
Relatório expõe participação de países ricos em projeto que contamina região onde nasce rio Amazonas.
Bancos da Suíça, França, Alemanha e Holanda financiam projetos de exploração de petróleo na região das Cabeceiras Sagradas da Amazônia, no Equador - um dos berços do rio Amazonas. A informação é de um relatório apresentado no dia 12 de agosto pelas organizações ambientalistas Stand.earth e Amazon Watch , que cita o ING, da Bélgica; o Credit Suisse, o UBS e o BNP Paribas, da Suíça; o Natixis, da França; o Deutsche Bank, da Alemanha; e o Rabobank, da Holanda.
Segundo o documento, desde 2009, essas e outras instituições financiaram um total de US﹩ 10 bilhões para a produção de aproximadamente 155 milhões de barris de petróleo no Equador. As exportações atendem a mercados internacionais, sendo que mais de 40% delas vão para refinarias na Califórnia, nos EUA.
Quase todos os bancos citados no relatório têm compromissos de sustentabilidade ou compromissos de defesa dos Direitos Indígenas. Alguns são signatários dos Princípios do Equador e/ou dos Princípios para Bancos Responsáveis do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (United Nations Environment Program Finance Initiative). Outros têm políticas específicas para o Ártico, incluindo a nova iniciativa de sustentabilidade do Credit Suisse projetada para "melhorar a consideração da biodiversidade".
"O financiamento desses bancos perpetua os abusos dos Direitos Humanos, agrava a crise climática e amarra ainda mais a economia do Equador aos ciclos de expansão e quebra da extração de recursos naturais", afirma Tyson Miller, diretor do Programa Florestal da Stand.earth. Para ele, qualquer banco comprometido com a proteção dos direitos indígenas e do clima deve acabar com o financiamento do comércio de petróleo nas Cabeceiras Sagradas da Amazônia até que novas salvaguardas e compromissos sejam postos em prática.
Fonte: ClimaInfo