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Buraco Negro e a Análise de Dados

Buraco Negro e a Análise de Dados

30/05/2019 Paulo Watanave

As lições do Buraco Negro e da Análise de Dados para o ambiente corporativo.

A divulgação da primeira imagem de um Buraco Negro no espaço foi um evento histórico. Não é todo dia que vemos algo que está a 55 milhões de anos-luz da Terra.

Ainda mais quando estamos falando de nada menos do que cinco petabytes de dados gerados a partir de diversos pontos do planeta e do universo.

Isso quer dizer que, além da foto apresentada, há muito mais informações do que qualquer um de nós pode imaginar no estudo realizado pelos cientistas do Event Horizon Telescope (EHT), nos Estados Unidos e na Alemanha.

Ou melhor: podemos dizer que por trás dessa pequena imagem, há quase meia tonelada de discos completamente cheios, com dados coletados por sondas, satélites e telescópios dos mais variados tipos.

Com essa quantidade de dados você poderia, por exemplo, ouvir músicas em MP3 durante 5.000 anos (sem repetir) ou assistir aproximadamente cinco milhões de filmes em sequência.

Poderíamos juntar todas as fotos de milhares de pessoas e provavelmente não chegaríamos nem perto do que foi acumulado para se obter a silhueta do Buraco Negro.

Para gerar valor à ciência, no entanto, coletar e armazenar todos esses dados foi apenas um passo. Foi preciso processar as informações, limpando inconsistências e cruzando corretamente as variáveis apresentadas por cada uma das fontes de observação. Como fazer isso? Certamente, não pela Internet que temos atualmente.

De acordo com os pesquisadores da Universidade do Arizona, onde o estudo foi feito, “seria necessário transferir 700 terabytes em 50.400 segundos, para uma taxa final de dados acima dos 14 gigabytes por segundo para fazer o processamento”.

Já que ainda não há link no mundo capaz de fazer esse trabalho, o jeito encontrado pela equipe foi fazer tudo à moda antiga.

Para avaliar parâmetros como velocidade e posição do buraco, em análises que demandaram milhares de cálculos e correlações, os especialistas preferiram carregar os discos rígidos por avião, juntando todos os registros em um só lugar.

Nos laboratórios, o passo seguinte foi analisar. Mixar todos os ingredientes da receita, dimensionando cada pormenor essencial para o sucesso do estudo.

A tecnologia adotada foi o processamento gráfico, com análises visuais que foram, aos poucos, moldando a imagem que vimos nos sites pelo mundo afora.

Entre gráficos e sinais de rádio, o trabalho dos pesquisadores foi decifrar as informações, mensurando as características e projeções por todos os ângulos. O resultado final é o que vimos nos links que compartilhamos em poucos cliques.

Para o mundo dos negócios e da tecnologia, no entanto, a lição deixada pela pesquisa do EHT vai além da fotografia em si. Ao detalhar todas as etapas necessárias para a coleta, armazenamento, gestão e uso das informações, estamos de algum modo traçando o caminho das empresas para o avanço de suas operações, sobretudo hoje em dia, em tempos de transformação digital.

Evidentemente, não é necessário acumular cinco petabytes de informações para ter dados relevantes. O fato é que por trás das aplicações e sistemas usados nas operações já existe um grande e variado conjunto de insights e algoritmos que podem ser usados para gerar valor real às organizações e para as pessoas de um modo geral.

Estima-se que menos de 10% das companhias em todo o mundo tenham estratégias bem definidas para a utilização dos recursos digitais e das informações.

Saber como transformar dados em insights de negócios é algo mandatório para as empresas do futuro, e quem sair na frente dessa jornada certamente poderá garantir um lugar ao sol com maior facilidade.

O exemplo da pesquisa sobre o Buraco Negro reforça o papel da tecnologia como agente de transformação, facilitando a inovação dos processos e descobertas.

Até porque você já pensou em qual seria a estrutura necessária para processar e extrair as informações de um satélite? Redes e equipamentos obsoletos ou inadequados não seriam capazes de fazer esse trabalho, assim como máquinas antigas não ajudarão as companhias a se manterem em destaque para o futuro.

A dimensão do estudo do EHT serve como lição para mostrar que, hoje, a ameaça é justamente ficar no passado e deixar de lado o que há de novo.

Ter a tecnologia bem configurada dentro de casa para extrair o máximo proveito dos dados existentes definitivamente ajudará a reduzir as distâncias para os objetivos de negócios.

* Paulo Watanave é Head de BDA da Resource.

Fonte: PLANIN



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