Mães da Sé lança aplicativo para ajudar a encontrar pessoas desaparecidas
Mães da Sé lança aplicativo para ajudar a encontrar pessoas desaparecidas
Em 2018 foram registrado 82.094 casos de pessoas desaparecidas no Brasil.
A organização sem fins lucrativos Mães da Sé lançou um aplicativo para auxiliar na busca por pessoas desaparecidas no Brasil, desenvolvido em parceria com as empresas de tecnologia Microsoft e Mult-Connect. Utilizando reconhecimento facial, um dos recursos de inteligência artificial (IA), o Family Faces surge como um aliado ao trabalho de Ivanise Esperidião, fundadora da ONG e figura reconhecida da causa, na qual atua há mais de 20 anos.
O app está disponível para download gratuito e pode ser usado por qualquer pessoa que acredite estar diante de alguém vulnerável e que pode estar sendo procurado pela família. O projeto é fruto de doação do programa Microsoft AI for Humanitarian Action, que visa a promover o uso de IA em prol de ações humanitárias em todo o mundo.
O app pode ser usado de duas formas: informando características físicas da pessoa (cor de pele, olhos, cabelo, altura) em um campo dedicado a isso, ou tirando uma foto que será comparada ao banco de imagens da Mães da Sé cadastrado em uma plataforma armazenada em nuvem Microsoft Azure . Por meio de um algoritmo de reconhecimento facial o app apresentará imagens de pessoas desaparecidas com fisionomias semelhantes à da pessoa fotografada para que o usuário verifique se a pessoa que ele encontrou pode ser uma delas. A imagem enviada pelo usuário do app não é armazenada, sendo apenas processada para comparação com as demais fotos e depois descartada.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2018 foram registrado 82.094 casos de pessoas desaparecidas no Brasil. Considerando os números por Estado: São Paulo (24.366), Rio Grande do Sul (9.090), Minas Gerais (8.594), Paraná (6.952) e Rio de Janeiro (4.619). Em termos relativos, considerando a taxa de desaparecimento por 100 mil habitantes, os maiores índices são do Distrito Federal (84,5), Rio Grande do Sul (80,2), Rondônia (75,2), Roraima (70,4) e Paraná (61,3). Ainda segundo o levantamento, de 2007 a 2018, as estatísticas somam 858.871 casos. Considerando esse período, a média é de 71,5 mil registros de pessoas desaparecidas por ano.
Fonte: Edelman