Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Como comprar eletrodomésticos sem pesar no bolso e na conta de luz

Como comprar eletrodomésticos sem pesar no bolso e na conta de luz

20/07/2016 Luiz Carlos Lopes Júnior

Na hora de trocar a sua geladeira antiga por uma nova, você se atenta às certificações de eficiência energética?

Na hora de trocar a sua geladeira antiga por uma nova, você se atenta às certificações de eficiência energética, como o Selo PROCEL e a Etiqueta do Inmetro?

A primeira auxilia a identificar os equipamentos que consomem menos energia e a segunda avalia o nível de eficiência energética, classificando-os por categorias que vão de A até G, conforme as características técnicas de cada produto.

A escolha consciente do consumidor leva a compra do eletrodoméstico com certificação A, mais econômico no consumo de energia. Mas já se atentou à outra informação que pode fazer toda a diferença e gerar uma economia adicional na sua fatura de energia elétrica: a quantidade de kWh consumidos no mês por aquele aparelho?

Esse dado vem descrito nas especificações técnicas de qualquer eletrodoméstico e é nele que você precisa se atentar se quiser adquirir um equipamento eficiente. Mesmo entre produtos similares com o Selo Procel A, a diferença no consumo de energia pode ser significativa.

Pesquisamos três modelos similares de geladeiras frost free com Selo Procel A, porém de marcas diferentes (aqui, denominadas A, B e C). O equipamento A consome 51 kWh/mês; o B, 46,4 kWh/mês; e o C, 37,5 kWh/mês. No site de uma grande rede varejista, as geladeiras das marcas A e B custam, respectivamente, R$ 250 e R$ 200 a menos do que a geladeira da marca C.

Qual das três você compraria? A conta é simples! Para se calcular qual é a melhor opção, deve-se levar em conta a vida útil do eletrodoméstico. No caso de uma geladeira, esse tempo é de 10 anos, ou seja, 120 meses. Assim, deve-se a multiplicar a tarifa mensal de energia (idealmente incluindo o valor dos impostos para se ter um resultado mais preciso) da sua distribuidora pelo consumo do aparelho.

O resultado deve ser novamente multiplicado pelo tempo de vida útil, chegando, assim, à despesa com energia que você terá com o eletrodoméstico nos próximos anos de uso. Em nossos cálculos, considerando a tarifa de energia residencial da CPFL Paulista, o modelo A irá gerar um gasto adicional de R$ 858,60 na conta de luz ao longo de 10 anos na comparação com a geladeira C.

Ou seja, embora o modelo da marca C seja R$ 250 mais caro do que a marca A na hora da compra, a conta de luz de quem comprar o modelo C será R$ 858,60 mais barata, gerando uma economia de R$ 600, equivalente à uma passagem área do Rio de Janeiro para São Paulo.

As geladeiras são responsáveis por boa parte dos gastos com energia em uma residência. Por isso, além de calcular os seus gastos, seguir dicas de consumo consciente pode impedir o desperdício, como evitar abrir e fechar o eletrodoméstico desnecessariamente, não deixar o aparelho próximo a equipamentos que produzam calor, como o fogão, não deixar acumular gelo e só ligar o freezer em ocasiões especiais, como festas ou churrascos.

Outro eletrodoméstico muito procurado, principalmente no verão, é o ar condicionado. O conforto que esse aparelho proporciona nos dias mais quentes é incontestável. No entanto, o seu uso diário pode aumentar em 30% o valor das contas de luz e, por isso, é importante pesquisa para encontrar aquele aparelho que tem o melhor custo-benefício para a necessidade de cada consumidor.

Pesquisamos também três modelos de ar-condicionado com capacidade de resfriamento de 12 mil BTUs, ideal para o uso residencial, todos com o Selo Procel A e com consumos diferentes. O equipamento A consome 90,8 kWh/mês; o B: 107,5 kWh/mês; e o C, 108,5 kWh/mês. Os modelos B e C são, ambos, R$ 440 reais mais caros que o ar-condicionado da marca A.

Fazendo os cálculos, como no caso das geladeiras, a diferença dos gastos de consumo na conta de luz ao longo de 10 anos do modelo C para o A chega a R$ 1.125,72. Tirando o valor gasto na hora da compra do eletrodoméstico, a economia gerada pelo ar-condicionado da marca A será de R$ 685,72, valor equivalente ao preço de um fogão simples.

Outra dica importante de consumo é, quando o ar-condicionado estiver ligado, fechar todas as portas e janelas do ambiente para que a temperatura desejada seja alcançada mais rapidamente, reduzindo a despesa na fatura de energia.

Essa medida, de identificar um eletrodoméstico eficiente e econômico, é mais uma forma de conscientização da população para o consumo mais adequado de energia, o que pode gerar uma economia imediata na conta de luz dos clientes.

Os benefícios, contudo, tendem a ultrapassar a questão econômica, sendo uma contribuição coletiva para um planeta melhor em que se respeitem as limitações de recursos naturais sem abrir mão do conforto, da qualidade de vida e do desenvolvimento socioeconômico.

* Luiz Carlos Lopes Júnior é gerente de Eficiência Energética da CPFL Energia.



Se está sobrando energia porque conta de luz é tão cara?

Hidrelétricas ambientalmente sustentáveis seriam um exemplo que poderíamos ter dado ao mundo e não demos.

Autor: Divulgação

Se está sobrando energia porque conta de luz é tão cara?

Minas atinge 8 GW em energia solar e garante liderança nacional

Cerca de um quinto de toda a energia solar produzida no Brasil está concentrada em Minas Gerais. É o que aponta o levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2024. 

Autor: Divulgação

Minas atinge 8 GW em energia solar e garante liderança nacional

Crise energética a caminho: há saída?

No momento em que este artigo é escrito, os reservatórios das hidrelétricas do Brasil estão, em média, com 70% de sua capacidade.

Autor: Alysson Diógenes

Crise energética a caminho: há saída?

Hidrogênio sustentável, a eterna energia do universo

O Brasil detém características que o colocam em posição privilegiada para se inserir competitivamente na cadeia do hidrogênio sustentável.

Autor: Eustáquio Sirolli

Hidrogênio sustentável, a eterna energia do universo

A energia eólica e o impacto dinâmico na economia brasileira

Já são 1016 parques eólicos existentes com mais de 10.941 turbinas eólicas instaladas.

Autor: Divulgação

A energia eólica e o impacto dinâmico na economia brasileira

Minas atrai R$4 bilhões em investimentos em fontes alternativas

Hidrogênio verde, biodiesel de macaúba e biogás de resíduos são alguns dos projetos em curso que podem colocar o estado na liderança mundial em tecnologia de produção de energias limpas e renováveis.

Autor: Divulgação

Minas atrai R$4 bilhões em investimentos em fontes alternativas

Saiba se proteger de um perigo que vem do céu

De cada 50 mortes por raios no mundo, uma ocorre em solo brasileiro.

Autor: Divulgação

Saiba se proteger de um perigo que vem do céu

UFMG recebe inscrições para Especialização em Energias Renováveis – EAD

As aulas remotas acontecerão às terças, quartas e quintas; inscrições estão abertas até 3 de março.

Autor: Divulgação


Parceria vai fornecer energia renovável para salões de beleza

Iniciativa deve beneficiar cerca de 80 salões do interior de São Paulo; economia nas contas de luz ultrapassará R$ 600 mil.

Autor: Luiz Pacheco e Joana Fleury

Parceria vai fornecer energia renovável para salões de beleza

Hidrelétricas de pequeno porte permitem o crescimento da energia solar

Para poder crescer no Brasil e ser ambientalmente vantajosa, a energia solar precisa deixar de depender de usinas termelétricas fósseis para à noite compensar a falta de novas hidrelétricas.

Autor: Ivo Pugnaloni

Hidrelétricas de pequeno porte permitem o crescimento da energia solar

Armazenamento de energia é fundamental para transição energética

Sistemas de armazenamento são capazes de permitir o uso combinado de várias fontes de energia limpa, garantindo mais eficácia e segurança.

Autor: Carlos Eduardo Ribas

Armazenamento de energia é fundamental para transição energética

Como as empresas podem reduzir custos de energia e emissões de carbono

Grandes empresas gastam diretamente muito dinheiro em energia a cada ano – e milhões indiretamente, na cadeia de suprimentos, terceirização e logística.

Autor: Pedro Okuhara

Como as empresas podem reduzir custos de energia e emissões de carbono