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50 Sonetos reunidos: um livro para saber de cor

50 Sonetos reunidos: um livro para saber de cor

01/08/2013 Camila Castro

Cor, em latim, significa ‘coração’.

Logo, saber ‘de cor’ é, de certa maneira, saber com o coração. E tudo o que aprendemos; tudo o que assimilamos através de nosso coração – e ao contrário daquilo que sabemos com a razão, cheia de exigências – levamos para nossa vida, nosso cotidiano e nossos relacionamentos de maneira natural, efetiva e concreta, sem subterfúgios. 

O coração não exige decorebas, não nos cobra nenhuma postura aparente, não demanda máscaras. Logo, o que aprendemos sob sua ótica é, geralmente, aquilo que sabemos em seu estado mais nu e cru; em sua condição mais pura e sincera.

É o que sabemos de verdade.

50 Sonetos Reunidos, segundo livro do escritor Paulo Ouricuri, lançado em julho deste ano pela editora carioca Multifoco é, sem nenhuma dúvida, um livro para se saber de cor.

Primeiro por que Paulo conhece e se relaciona profundamente com a palavra escrita, e sabe como arranjá-las e distribuí-las de maneira tal que elas não somente invadem e envolvem nosso coração, como ganham vida e fazem de nossas emoções seu lugar cativo.

Segundo por que os temas abordados em seus sonetos são tão variados, simples e ao mesmo tempo complexos, que é impossível você não se identificar com o que Paulo Ouricuri tirou de sua cabeça e colocou no papel.

Tratando de assuntos universais e também pessoais, que vão desde o amor, a religião, as virtudes e iniquidades do homem em busca da verdade, até a saudade, o arrependimento e a insatisfação, Paulo Ouricuri também leva a literatura para sua poesia, não somente em forma, como também em conteúdo.

50 Sonetos Reunidos, além de celebrar o triunfo do coração sobre a razão, também presta homenagens a autores como Padre Antônio Vieira e Augusto dos Anjos, que, segundo nos conta o autor, inspiraram alguns sonetos.

Em outros momentos, Paulo alcança a proeza de resenhar obras literárias através de sonetos, como é o caso de Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde.

Esta é, aliás, uma das características mais marcantes da obra de Paulo Ouricuri: passar tudo o que escreve pela triagem da poesia.

Foi assim em A Triste História do Índio Juca (Ed. Biblioteca 24horas, 2011), seu primeiro livro, um romance épico e poético que conta a história de uma aldeia de índios que vive em um Brasil virginal e desconhecido, que já existia e acontecia antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.

E é assim em 50 Sonetos Reunidos.

Uma abrangência imensa de temas, todos tratados pelo ponto de vista da poesia. Um livro deleitável e sedutor, de qualidade poética exigente e indiscutível.

Uma obra que cumpre o que a poesia costuma prometer: guiar nossas ações e nos confortar em momentos difíceis.

Que assim continue sendo, em todas as suas obras que ainda virão.

A literatura, e todos nós, amantes das palavras e da vida, agradecemos Paulo Ouricuri.

De todo nosso coração.

* Camila Castro tem 29 anos, é publicitária, jornalista e escritora sem pretensão.



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