Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A banalização da cirurgia bariátrica

A banalização da cirurgia bariátrica

01/07/2016 Cadri Massuda

Os índices de sobrepeso e obesidade no mundo estão cada vez mais altos.

A banalização da cirurgia bariátrica

No Brasil, quase metade da população está acima do peso ideal. Entre as principais razões estão o sedentarismo, os hábitos alimentares incorretos e o estresse.

A obesidade é, sem dúvidas, um problema de saúde pública que precisa ser controlado, sobretudo com informação e prevenção. Entretanto, temos observado um aumento desproporcional do número de cirurgias bariátricas realizadas para solucionar o problema de excesso de peso.

Isso nos mostra que esse tipo de intervenção vem sendo usada como solução “fácil” para casos de sobrepeso e obesidade. Mas é importante ressaltar que a cirurgia bariátrica é recomendada apenas em casos extremos de obesidade, pois apresenta altas taxas de morbidade e complicações.

Segundo protocolos internacionais a cirurgia é indicada apenas em casos que comprometam gravemente a saúde, que são os casos de obesidade mórbida. Ainda de acordo com os protocolos, é indicado que a pessoa se submeta, antes da cirurgia, a um tratamento com acompanhamento multiprofissional por dois anos.

Isso porque a obesidade envolve diversas áreas e, em especial, fatores psicológicos, redução alimentar, programa de exercícios físicos prévios à cirurgia. Os dados nos mostram que 50% dos pacientes que realizam a cirurgia bariátrica acabam retornando ao peso antigo após cinco anos.

E as pessoas que conseguem sucesso com a cirurgia são as que mantêm uma rotina de cuidados. Por isso, esse período de dois anos anterior à cirurgia é essencial para o sucesso do tratamento. Isso mostra que a cirurgia isoladamente não é eficaz.

Muitos planos de saúde possuem um programa ao qual o paciente deve se submeter antes de realizar a cirurgia. O programa tem como objetivo conscientizar o paciente e garantir o sucesso do tratamento. Entretanto, o que temos visto são pessoas buscando o tratamento pelo SUS ou até mesmo particular para não precisar se submeter a esse protocolo.

Em casos em que a pessoa consegue realizar o procedimento pelo SUS esse custo acaba voltando ao plano de saúde, que deverá ressarci-lo. É comum também que, após realizarem a cirurgia particular, os pacientes peçam o reembolso ao plano de saúde, alegando que se o médico operou é porque tinham essa necessidade.

É uma forma de “burlarem” essa recomendação multiprofissional antes do procedimento. Por isso, percebemos a necessidade urgente de uma regulamentação. Da mesma forma que a Agência Nacional da Saúde (ANS) estimula as operadoras a terem o programa de prevenção e promoção à saúde, é preciso que exista uma fiscalização desses procedimentos pelo SUS e em casos particulares.

Apenas dessa forma será possível garantir que o procedimento seja realizado nos casos realmente indicados, o que resultará em menos riscos e mais sucesso do tratamento.

* Cadri Massuda é presidente da Abramge-PR/SC – Associação Brasileira de Planos de Saúde.



As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes