Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A pior dor do mundo

A pior dor do mundo

02/05/2015 Dr. Eloy Rusafa

Já imaginou sentir uma brisa no rosto e, de repente, ser tomado por uma dor sem igual?

A neuralgia do trigêmeo pode surgir em situações corriqueiras do dia-a-dia, como o vento no rosto, frio, calor, falar, mastigar ou até mesmo tocar a face.

A ‘Neuralgia ou Nevralgia do Trigêmeo’ é um distúrbio neurológico que ganhou maior notoriedade graças a algum espaço conquistado na mídia recentemente, porém continua sendo um tema repleto de dúvidas e questões a serem esclarecidas. O fundamental é ressaltar que não há uma prevenção efetiva e a neuralgia do trigêmeo pode aparecer sem prévio aviso. Conhecida também como a ‘pior dor do mundo’, a neuralgia do trigêmeo consiste em choques agudos na face que geram crises que podem durar de segundos até 30 minutos, mas podem repetir-se de maneira consecutiva até por semanas.

É possível também que a dor ocorra apenas uma vez e nunca mais retorne, porém, qualquer caso deve ter acompanhamento médico. Após uma crise, o indivíduo não fica com sequelas, porém suas dores constantes e incapacitantes causam uma piora significativa na sua qualidade de vida. É uma doença mais comum em idosos, porém, também ocorre em jovens, apresentando quadros mais intensos, mas também com melhores respostas ao tratamento cirúrgico.

O nervo trigêmeo, além de ser responsável pela sensibilidade da face, também inerva a musculatura da mastigação, responsável pelo movimento de abertura e fechamento da boca. Entretanto, esta função, em geral, não é afetada na neuralgia do trigêmeo, apesar da dor poder causar a sensação de assimetria do rosto. Entre as causas da doença estão a compressão do nervo trigêmeo por artérias ou veias na sua saída do tronco encefálico, perda da capa que o recobre o nervo ou mielina, ou até mesmo lesões dentárias tratadas em que houve manipulação da raiz do dente.

Também pode ser causada por doenças do sistema nervoso central, como a esclerose múltipla e o derrame no tronco encefálico. Depois de desencadeado o distúrbio, quaisquer estímulos, inócuos ou dolorosos, são capazes de gerar as crises. Seu tratamento inicial inclui o uso de medicamentos anticonvulsivantes, que apresentam uma boa resposta em até 60% dos pacientes. Em casos mais complexos, sem melhora com medicação, deve ser avaliada a possibilidade de intervenção cirúrgica, que pode ser realizada de diversas maneiras a ser julgada pelo médico que faz o acompanhamento do paciente.

A dor insuportável associada à falta de conhecimento sobre o distúrbio pode levar uma pessoa a confundi-la com os sintomas de um AVC ou da ruptura de um aneurisma, gerando desespero na vítima e familiares. Dessa maneira, faz-se necessário a conscientização da sociedade a respeito da doença, que, infelizmente, não tem uma prevenção, mas deve ser diagnosticada de maneira precoce por um médico especialista para orientação adequada do tratamento.

*Dr. Eloy Rusafa é neurocirurgião e especialista em coluna com técnicas minimamente invasivas. Tem o título de Especialista e Membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.



A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado