As marcas de uma marca
As marcas de uma marca
O dia 4 de maio é tido como o dia de Star Wars (May, the Fourth).
Reflito sumariamente sobre algumas marcas que a saga me trouxe. A simbologia faz com que muitos vão assistir aos filmes trajados como os personagens, segurando sabres de luz, o que não me compraz.
Porém, guardei o ingresso quando da estreia da segunda trilogia (A Ameaça Fantasma), que na verdade é a primeira, exibida depois de 22 anos de Uma Nova Esperança. Essa realocação das trilogias confunde os não aficionados.
Os nomes dos personagens é também uma marca de Star Wars e nem sempre é trivial reconhecê-los. Outro símbolo cultivado é a suposta oposição entre Star Wars e Star Trek. Aquela tida como religiosa, esta como científica. Não comungo dessa opinião e assisto à “concorrente” sem ressentimentos.
Há farta literatura ficcional utilizando o universo desenvolvido na saga, tanto com livros fieis ao enredo mostrado nos filmes, como os chamados spin offs, mantendo esse universo, mas com histórias que derivam – e muito – do que os produtores/diretores estão trazendo a público.
Conseguir ler o conjunto todo é tarefa ingrata não apenas pelo volume, mas também porque se luta contra a decepção com a forma que o autor conduz os personagens, conflitando com alguns cânones.
Rogue One, uma história alocada pouco antes do episódio IV, acabou por ser um filme até melhor que o episódio VII, O Despertar da Força, por não insistir nos atores principais da trilogia que deu origem à saga.
Contou um pedaço importante da forma como os rebeldes conseguiram os planos da Estrela da Morte, apesar de haver um erro de continuidade, pois no episódio IV o comandante dá a entender que a destruição de Alderaan seria a primeira vez do uso da força do aparato, mas a Estrela da Morte já havia sido usada para destruir Scarif, onde estavam armazenados os planos.
Com a morte de Carrie Fisher, a atriz que faz a princesa Leia, a utilização de imagens digitais ou de arquivo poderá deixar as sequências dos filmes mais artificiais, nada que os fãs não superem. Discussões à parte, meu querido Yoda, apenas que gosto afirmar posso!
* Adilson Roberto Gonçalves é pesquisador no IPBEN – Unesp de Rio Claro, membro da Academia Campineira de Letras e Artes e da Academia de Letras de Lorena.
Fonte: Oscar Alejandro Fabian D Ambrosio - ACI