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Como o estilo de vida do século 21 transforma a saúde e a fertilidade

Como o estilo de vida do século 21 transforma a saúde e a fertilidade

25/07/2022 Dra. Camila Varella

A fertilidade feminina pode ser alterada por diversos fatores. Nem sempre conhecidos, muitas mulheres acabam tendo dificuldade em engravidar.

Existe uma grande variedade de mitos e verdades acerca da fertilidade humana. Por isso, é importante prestar atenção e conhecer quais são os aspectos que realmente interferem na capacidade de engravidar.

O fator mais conhecido que influencia a fertilidade feminina é a idade, pois com o passar dos anos há redução na quantidade dos óvulos, além da qualidade.

Curiosamente, um casal divide a causa da dificuldade da fertilização, cerca de 40% da dificuldade de engravidar são relacionadas à mulher e 40% relacionadas às questões masculinas.

Os 20% restantes é uma possível incompatibilidade do casal ou por razões desconhecidas, chamadas de ISCA (Infertilidade Sem Causa Aparente).

A infertilidade (ou subfertilidade) está afetando um sexto dos casais atualmente e cujas incidências tendem a crescer.

Estimativas mais pessimistas sugerem que atinjam um terço (33%) dos casais em idade reprodutiva nos próximos 15 anos.

São muitos os fatores que estão conduzindo esse fenômeno, mas estudos apontam o estilo de vida e os hábitos alimentares dos adolescentes do século 21, como um fator importante.

Nas mulheres, a síndrome dos ovários policísticos, por exemplo, é um fator essencial que precisa ser controlado, junto à resistência de insulina muito presente naquelas que estão acima do peso.

Nesse caso, o metabolismo dos hormônios pode ser alterado pela tendência à resistência insulínica, que altera a esteroidogênese ovariana, aumentando os hormônios androgênios e o quadro de ovulação.

E é muito comum acreditar que é possível resolver isso apenas tomando remédios para regularizar o problema, portanto, sem necessidade de se preocupar em mudar a alimentação.

Essa solução é prejudicial, uma vez que é paliativa e aumenta o risco da pessoa desenvolver diabetes, que também influencia na reprodução.

Felizmente, é possível balancear os problemas hormonais com alimentação adequada e consumir alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, que combatem também agentes externos como xenobióticos, por exemplo, que afetam a pele e os demais órgãos.

A melhor estratégia de alimentação para regulamentação metabólica e combate a agentes agressores externos é a dieta mediterrânea (ou a que mais se aproxima a esse conceito), que é reconhecida como padrão alimentar que propicia a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

É difícil encaixá-la ao estilo de vida brasileiro em sua forma original, mas pode ser perfeitamente adaptada ao substituir os alimentos mediterrâneos pelos que encontramos no Brasil, basicamente alimentando-se de alimentos saudáveis, não industrializados, gorduras insaturadas, fibras alimentares e substituição de carne vermelha por brancas (peixes e aves) ou carnes vegetais, como bife de tofu, entre outras opções.

Um importante foco é evitar substâncias xenobióticas que são basicamente compostos químicos estranhos ao organismo humano.

Podem ser enquadrados em diversas categorias, como por exemplo, metais pesados, pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos, entre outros.

Todos esses agentes externos estão associados à baixa eficiência reprodutiva, inclusive já foram encontrados resíduos de plásticos em placentas.

Essas substâncias invadem o organismo através da utilização de produtos industriais como os com alta concentração de Bisfenol A, como pratos, copos, talheres, revestimentos de enlatados entre diversos produtos de utilidade comum e que são manufaturados.

Existem, inclusive, produtos que vêm com o selo “BPA free” que garantem a ausência do Bisfenol A, no entanto, outros produtos químicos nocivos ao organismo são utilizados para substituir esse composto.

Para evitar o uso desses componentes o ideal é não armazenar e, especialmente os ricos em gordura, especialmente os ricos em gordura e aquecer alimentos em produtos plásticos. Ao aquecê-los no plástico, acontece a alta taxa de transferência de xenobióticos para os alimentos.

Também é indicado evitar consumir bebidas quentes em copos plásticos e evitar contato de alimentos e bebidas com o plástico em geral, que por ser um produto barato é muito utilizado, mas trazem diversos agentes químicos prejudiciais ao organismo e que, por extensão, também prejudicam a fertilidade.

Além do plástico, outra forma de veneno ingerido de maneira imperceptível são os agrotóxicos. Eles estão dentro dos alimentos e são impossíveis de serem retirados totalmente, sua remoção acontece apenas superficialmente com a lavagem correta dos alimentos.

Além dos fatores externos, também há o estilo de vida sedentário cuja ausência de exercícios e sobrepeso alteram a qualidade hormonal, assim como o excesso de exercícios também pode reduzir a fertilidade.

A baixa exposição à luz solar é um problema pela falta de conversão de vitamina D. Os novos hábitos de consumo pela internet e o home office contribuem para a menor exposição das pessoas à luz solar.

A ansiedade, o estresse e a insônia também interferem na fertilidade, desregulando a produção de cortisol e melatonina no organismo.

O sono é importante porque, assim como temos substâncias que só se despertam no sol, também temos aquelas que só se manifestam no escuro.

Agentes alérgicos podem atrapalhar também tanto na fertilidade quanto causar abortos, já que pode prejudicar a implantação do embrião no endométrio.

Um problema que pode favorecer o aparecimento de alergia é o mal funcionamento do intestino, resultado de estresse, alimentação, insônia, agentes tóxicos e exposição excessiva ou rara à luz.

É muito difícil se livrar de todos esses pontos que causam problemas no corpo e afetam a fertilidade e é importante saber que não se deve tomar uma atitude brusca de comportamento em relação a todos os fatores prejudiciais da noite para o dia.

Medidas radicais também geram estresse e geralmente têm caráter temporal, portanto, o ideal é conhecer os riscos e adaptar-se para mitigá-los, aos poucos.

* Dra. Camila Varella é nutricionista, mestre em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo/USP.

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Fonte: Case Comunicação



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