Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Como ser mãe e empresária em tempos de epidemia?

Como ser mãe e empresária em tempos de epidemia?

22/07/2020 Simone Las Casas

Desde a chegada da pandemia, minha vida e rotina mudaram completamente.

Cheguei em meu sítio em meados de março e aqui estou até hoje, trabalhando de forma remota. Confesso que nos primeiros 15 dias foi difícil ajustar a rotina, horários e a sensação de estar de "férias".

Logo quando percebi que não iríamos embora tão cedo, resolvi me atentar para alguns detalhes que deveriam ser modificados para que eu pudesse ser produtiva e ao mesmo tempo, aproveitar este momento único que a pandemia nos proporciona.

Trabalho com redes sociais há mais de 5 anos e ainda sou diretora de marketing da Ecogranito faz 3 anos. Sou completamente apaixonada pelo meu trabalho.

Conciliar a rotina de mãe e a carreira profissional não é tarefa fácil. Nossos filhos nos demandam o tempo todo, principalmente, quando estamos próximos.

Eu tenho a sorte de contar com uma babá, que me auxilia a cuidar do meu filho durante o dia e também tenho um marido muito participativo. Mas quando o filho está perto da mãe, ele quer somente a mãe.

Existe uma ligação muito forte e bela nesta relação. No meu caso, o dia tem menos horas, uma vez que Yuri acorda muito a noite e eu acabo tendo que dormir até mais tarde para recuperar o sono perdido.

Acordo então às 8h30 e vou logo fazer algo por mim pela manhã. Minha prática de yoga ou atividade física são essenciais para trazer a energia que eu preciso para o dia.

Estes dias no sítio têm sido maravilhosos, pois posso caminhar ao ar livre, sentindo o sol e observando a natureza. Saio para uma volta, sempre que possível.

Assim que acordo, depois de meditar e tomar o café da manhã com calma e aproveitando um pouco o momento de conexão com o Yuri, olho a agenda do dia e o horário da primeira reunião.

Se não tem nada marcado para a manhã, faço uma atividade física mais completa. Duas ou três vezes por semana, as reuniões vão de 10h ao 12h. E à tarde, de 14h as 17h.

E mesmo que não tenha algum agendamento online, fico em meu "escritório" conferindo os e-mails e pensando em algumas estratégias.

Estar em casa favorece ainda mais a relação com o meu filho e marido. É muito bom poder estar com eles durante o almoço, olhar nos olhos, brincar e esquecer o celular. E então, já é hora de voltar ao trabalho novamente.

Nestes últimos meses, senti que fiquei mais produtiva. Por mais que existam muitas distrações em casa, não ter que me deslocar ou comparecer a vários compromissos pessoais durante a semana, fez com que eu ficasse mais focada no que era preciso ser feito no trabalho.

Consegui colocar a "casa em ordem" e desenvolver vários planos de marketing. Ainda foi possível reestruturar todo o fluxo de automação de e-mails, o que pode gerar um reflexo bastante positivo no setor comercial.

Com um bom planejamento e uma rotina estrutural sendo seguida, ficou bem mais fácil coordenar a agência de marketing e os trabalhos de minha estagiária e de outros colaboradores, que são essenciais para o alcance e sustentação dos resultados positivos da empresa.

Acontece que às vezes, o pequeno só quer o colo da mãe. Não almoça, não quer dormir, chora e faz birra por horas sem parar.

A mãe empresária, que nem sempre está disposta a ouvir tanto choro, pede uma licença da reunião e vai olhar para a sua cria.

Poucas vezes não consegui voltar para a reunião, mas já aconteceu. Nos períodos em que as crianças adoecem ou estão sentindo algum incômodo, o desafio é ainda maior.

Eles exigem cuidado e carinho o tempo todo e só querem a mãe. Sabendo que ela está por perto, porque então não chorar até ser atendido?

Logo no primeiro mês da pandemia, descobri uma nova gravidez. Isso me deixou mais mole, com sono e muito enjoada, mas agora com 4 meses, me sinto bem melhor. Percebo que a minha produtividade já voltou a aumentar.

Vejo que um dos grandes desafios na vida de uma mãe, principalmente, na pandemia, é manter a rotina. Tenho um plano traçado tanto para o dia quanto para a semana, mas me permito ser flexível.

Entretanto, é preciso ficar atento para que esta flexibilidade não se torne relaxamento, o que pode acabar desviando o foco de nossas demandas do dia a dia.

A maternidade é transformadora para a mulher. Não há nenhum aspecto que permanece o mesmo depois que temos filhos. Tudo muda.

E nossa profissão precisa acompanhar esta mudança, que arrisco dizer ser a mais importante de nossas vidas. Muitas mulheres abandonam os seus empregos e profissões para se dedicarem completamente à maternidade.

Outras, desenvolvem grandes projetos e se tornam autônomas de sucesso depois de terem filhos. E isto é a expressão mais autêntica da mudança interna que acontece individualmente.

A pandemia foi uma boa oportunidade de me aperfeiçoar um pouco mais em alguns cursos, que já estava há tempos desejando fazer.

Espero sair de tudo isso mais forte, com mais conhecimento e cheia de vitalidade. Tenho certeza que nada mais será como antes.

No entanto, estou super feliz por ter a oportunidade de enxergar este "novo normal", em que empresas e organizações conseguem ter um olhar mais humano para as famílias e todo o contexto feminino.

* Simone Las Casas é diretora da empresa de revestimentos sustentáveis Ecogranito.

Fonte: Naves Coelho Comunicação



Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes