Criatividade: da teoria à prática
Criatividade: da teoria à prática
Todos falam que é necessário ser criativo.
E muito se fala sobre a importância de apresentar soluções fora da caixa. E mais ainda se discute como apenas aqueles que tiverem essa capacidade irão sobreviver nos mercados do futuro.
Analogamente, verifica-se que a sociedade como um todo parece caminhar por vertentes mais conservadoras, tanto no exterior, como mostra os EUA, como no Brasil. Existe, portanto, uma certa incongruência entre essas duas forças.
É lindo estimular a criatividade e construir um discurso em torno disso, mas as forças que desejam manter o status quo se fazem presentes e de uma maneira nada desprezível. A distância entre teoria e prática parece então se fazer onipresente.
E como conviver com isso? A passagem da ideia para a ação envolve numerosas questões. A primeira delas reside em ter a convicção que ser criativo implica em mexer nas estruturas existentes. E isso não costuma gerar simpatia.
Enquanto se fala em mudar, todos são a favor, mas, quando se deseja implementar, as resistências começam. E são de várias ordens. Incluem desde ignorar encaminhamentos para alguma alteração de procedimento até apresentar tantas dificuldades para implementar alguma novidade, que a melhor alternativa parece ser a de nada fazer.
E assim se mantém tudo como está. O fato é que todos gostam de falar em mudança, mas tirá-la do projeto e colocá-la para funcionar não é tarefa corriqueira - nem tão fácil como muitos gostariam ou acreditam.
* Oscar D´Ambrosio é mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Fonte: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo