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Desvendando os mistérios da TI

Desvendando os mistérios da TI

21/08/2012 Roberto Carlos Mayer

O Setor de Tecnologia da Informação é o único setor da economia que provoca, ao mesmo tempo, mudanças na vida em sociedade (pense, por exemplo, na ‘primavera árabe’, no tele-trabalho ou no ‘governo eletrônico’) e no negócio de todas os demais setores da economia: é quase lugar comum dizer que se trata de um setor estratégico.

Entretanto, o nível de conhecimento a respeito do próprio setor ainda é bem inferior ao que existe para outros setores da economia. Comparando com o setor automotivo, por exemplo, cujo peso no PIB é praticamente equivalente, muito pouco se conhece sobre a cadeia de fornecedores do setor (considerada, inclusive, parcialmente ilegal pela legislação atual).

Muitos outros aspectos precisam de ‘luz’. O esforço dos institutos de estatística oficiais, em todo mundo, tem procurado medir o impacto da Sociedade da Informação, sob auspício das Nações Unidas, já há quase duas décadas. Entretanto, esses indicadores dizem respeito principalmente à penetração da infra-estrutura no dia-a-dia das sociedades, medindo por exemplo, a quantidade de usuários de Internet ou de computadores a cada cem habitantes e/ou residências.

Outros estudos visam medir sistematicamente o grau de alfabetização digital das populações. Entretanto, não há estudos sistemáticos e profundos sobre a própria indústria de TI. Os estudos disponíveis comercialmente se focam apenas em questões relacionadas a volume de vendas, tipo de tecnologia e outras que, embora importantes a curto prazo para avaliar a performance do setor, não são suficientes para uma compreensão profunda e de longo prazo.

Diante desse quadro, ainda em 2010, a Assespro Nacional, durante o desenvolvimento de seu planejamento estratégico para o período 2011/2012, determinou como um de seus objetivos, de forma pioneira, a realização de um Censo Nacional do Setor de TI. A realidade dura e crua, porém, fez com que fosse necessário praticamente dispender todo o ano de 2011 para determinar os temas e as perguntas que deveriam fazer parte deste Censo.

Adicionalmente, uma entidade de classe, por maior que seja, e mesmo contando com a importante cooperação das demais entidades do setor, não tem como garantir que todas as empresas participem com seus dados (isto só é possível com a participação do governo).

Assim, de um ponto de vista estatístico, o Censo é de fato uma grande e inédita pesquisa. Para viabilizar sua execução, a Assespro conta com o patrocínio da empresa MBI, especializada em pesquisas para o setor de TI e associada da entidade. Mesmo com essas limitações práticas, esta primeira edição do Censo do Setor de TI já despertou interesse de diversos agentes envolvidos com o setor, para desenvolver análises específicas.

Já houve manifestações nesse sentido de órgãos do governo federal (principalmente no tocante aos aspectos relacionados à inovação), de outras entidades do setor (interessadas em validar teses políticas específicas e/ou cruzar os dados com suas análises), além de vários pesquisadores de universidades públicas e privadas que usarão o material coletado em suas pesquisas e teses acadêmicas.

Mesmo viabilizando toda essa interação para o uso profundo dos dados coletados, ainda resta muito trabalho a frente: o próximo passo consistirá na internacionalização deste esforço, por meio das Federações Internacionais nas quais a Assespro participa, para que os indicadores derivados deste trabalho possam ser comparados também entre países (afinal, não há setor mais globalizado do que o da própria Tecnologia da Informação).

Esperamos que esse seja o começo de uma longa jornada que permita obtermos conhecimento profundo sobre um setor tão estratégico, de forma que as decisões públicas que o impactam possam ser cada vez mais precisas.

Ao mesmo tempo, esperamos que os dados levantados possam servir, ao longo do tempo, para aumentar a geração de oportunidades de negócios com clientes para as empresas, além de facilitar a criação de alianças estratégicas entre empresas do setor, tanto comerciais quanto focadas em pesquisa e desenvolvimento.

Roberto Carlos Mayer é vice-presidente de Relações Públicas da Assespro Nacional e diretor da MBI e presidente da ALETI (Federação Ibero – Americana de TI).



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