Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Luto: a perda de alguém e as dificuldades do processo

Luto: a perda de alguém e as dificuldades do processo

31/10/2016 Juliana Guimarães

O luto é um processo psíquico de elaboração de uma perda a partir do rompimento de um vínculo significativo.

A dor pela perda de alguém que se ama é algo subjetivo e pessoal. Depende de uma série de fatores que mudam de relação para relação. Cada dor é única e como não se sabe exatamente o que acontece depois que alguém morre, quem fica tem o grande desafio de renascer de uma dor profunda.

“A morte de um cônjuge, por exemplo, traz mudanças na vida do parceiro,que terá que aprender a conviver com a ausência física daquela pessoa. E as mudanças acontecem desde aspectos práticos do dia a dia, até os subjetivos que permeiam a relação”, explica a psicóloga Juliana Guimarães, especialista em luto e sócia da clínica EntreSeres.

Quando a perda é repentina, como no caso de acidentes, ou latrocínios, existe o fator do inesperado, que pode dificultar o processo de luto, pois quem fica não tem a chance de se despedir, de fechar ciclos, resgatar histórias passadas não digeridas, e outras oportunidades.

“Essas oportunidades podem ajudar no processo de enfrentamento da perda, mas não se pode afirmar que a morte repentina é pior ou melhor do que uma longa despedida, no caso de alguém doente”, explica Juliana. “Cada luto é único, porque cada relação é única, e quando falamos em vínculo estamos falando de algo muito pessoal, como por exemplo, o lugar que aquela pessoa ocupava em cada uma de suas relações”.

As fases do luto

O conceito de fases do luto surgiu para ajudar na compreensão desse processo complexo que é o enfrentamento de uma perda. Diversos estudos científicos elencaram comportamentos e emoções que costumam ser comuns aos enlutados. “Nem todo mundo sente tudo, passa por ‘todas as fases’. O luto é um processo dinâmico e fluido”. Mas dentre os comportamentos e emoções que costumam aparecer estão:

Negação: entorpecimento, com atitudes de choque, descrença e mecanismos de defesa da negação que costumam acontecer em um primeiro momento após a perda;

Protesto: na medida em que surge a consciência da perda estariam manifestações de raiva, protesto e busca pela pessoa perdida. Essa fase também pode ser marcada por desorganização, desespero, melancolia, raiva e culpa.

Reestruturação: quando o enlutado adquire mais tolerância às mudanças e consegue se reorganizar.

O apoio social, de amigos e familiares, é um potente recurso nesse processo. “Oferecer ajuda na parte burocrática dos rituais, cuidados com alimentação e hidratação, disponibilidade para estar com aquela pessoa nos momentos em que ela precisar, manifestações de carinho, suporte no retorno à rotina, são movimentos que amigos de enlutados podem fazer para ajudar”, diz Juliana.

“O enlutado precisa estar cercado de amor e de presenças que dêem a ele sensação de segurança, que é uma das coisas mais abaladas quando perdemos alguém ou algo muito importante para nós”. O luto é um processo que transforma as pessoas, que pede delas uma revisão da vida,ressignificando alguns aspectos.

Passar pelo luto não é fácil, mas é possível sair dele transformado, com mais aprendizado e com mais recursos para se enfrentar dores.

* Juliana Guimarães é psicóloga, especializada em Teoria, Pesquisa e Intervenção em Luto e terapeuta familiar.



A importância do financiamento à exportação de bens e serviços

Observamos uma menor participação das exportações de bens manufaturados na balança comercial brasileira, atualmente em torno de 30%.

Autor: Patrícia Gomes


Empreendedor social: investindo no futuro com propósito

Nos últimos anos, temos testemunhado um movimento crescente de empreendedores que não apenas buscam o sucesso financeiro, mas também têm um compromisso profundo com a mudança social.

Autor: Gerardo Wisosky


Novas formas de trabalho no contexto da retomada de produtividade

Por mais de três anos, desde o surgimento da pandemia em escala mundial, os líderes empresariais têm trabalhado para entender qual o melhor regime de trabalho.

Autor: Leonardo Meneses


Desafios da gestão em um mundo em transformação

À medida que um novo ano se inicia, somos confrontados com uma miríade de oportunidades e desafios, delineando um cenário dinâmico para os meses à frente.

Autor: Maurício Vinhão


Desumanização geral

As condições gerais de vida apertam. A humanidade vem, há longo tempo, agindo de forma individualista.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O xadrez das eleições: janela partidária permite troca de partidos até 5 de abril

Os vereadores e vereadoras de todo país que desejam trocar de partido têm até dia 5 de abril para realizar a nova filiação.

Autor: Wilson Pedroso


Vale a renúncia?

Diversos setores da economia ficaram surpresos com um anúncio vindo de uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale.

Autor: Carlos Gomes


STF versus Congresso Nacional

Descriminalização do uso de drogas.

Autor: Bady Curi Neto


O que está acontecendo nos bastidores da Stellantis? Muitas brigas entre herdeiros

A Stellantis é rica, gigante, e a Stellantis South America, domina o mercado automobilístico na linha abaixo da Linha do Equador.

Autor: Marcos Villela Hochreiter

O que está acontecendo nos bastidores da Stellantis? Muitas brigas entre herdeiros

A verdade sobre a tributação no Brasil

O Brasil cobra de todos os contribuintes (pessoas físicas e jurídicas) sediados no território nacional, cerca de 33,71% do valor de todos os bens e serviços produzidos no país.

Autor: Samuel Hanan


Bom senso intuitivo

Os governantes, em geral, são desmazelados com o dinheiro e as contas. Falta responsabilidade na gestão financeira pública.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


População da Baixada quer continuidade da Operação Verão

No palanque armado na Praça das Bandeiras (Praia do Gonzaga), a população de Santos manifestou-se, no último sábado, pela continuidade da Operação Verão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves