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Maio e a pandemia

Maio e a pandemia

12/05/2020 Luiz Carlos Amorim

O dia esteve ensolarado, aqui na Luzboa, neste ainda quase início de maio, quase meados, mas ficamos em casa.

Rio, nosso neto, deu uma descidinha para tomar um sol e andar um pouquinho, mas bem rapidinho.

Lá embaixo, no Largo do Carmo, ele anda segurando a mão da gente, mas aqui dentro de casa ele já dá três, quatro, cinco passinhos sem apoiar em nada. E está cada vez mais falastrão. O seu “bebenês” está cada dia mais fluente.

Ele tem tomado pouco sol, claro, porque praticamente não sai, só saímos por minutos, vamos até o largo do Carmo, que é bem pertinho daqui e onde é bem aberto e bate sol.

Aqui na sacada, também, à tarde, bate sol e ele fica um pouquinho brincando lá quando não tem muito vento. Acho que falei ontem da chafurdância na terra de um vaso, que ele pegou e brincou um bocado. Rio não é mais uma criança de um ano que não brincou com terra. O vídeo e as fotos ficaram lindos.

Li os jornais Notícias do Dia, de Floripa, Diário da Manhã, de Goiânia e Correio do Povo, todos brasileiros. As notícias do Brasil, como sempre não são boas.

Números da pandemia aumentando terrivelmente, a bandalheira da politicagem grassando, e por aí. Nos últimos dias, mais de setecentas mortes.

E o presidanta só pergunta: “E daí?” E daí que é preciso fazer alguma coisa, fazer o seu trabalho, fazer mais para que não continuem a morrer tantos brasileiros.

Já não basta ter chegado aonde está, no caos total? Não sei o que serão os próximos dias, as próximas semanas, mas tenho muito medo.

Que Deus proteja o nosso Brasil e ilumine a cabeça do presidanta, coloque um pouquinho de inteligência e humanidade lá dentro.

Aqui em Portugal parte do comércio já abriu, as pessoas estão nas ruas, mas estão comprando pouco. Movimento maior é nos supermercados, quitandas, talhos e padarias.

A liberação do comércio e serviços é escalonada, então estabelecimentos maiores e que concentrem maior número de pessoas abrirão só no fim do mês, como shoppings, cinemas, casas de espetáculo, com restrições.

Nos últimos dias, o número de óbitos esteve abaixo de vinte, houve até um dia abaixo de dez. As pessoas estão andando, muitas delas, sem máscara na rua, porque só são obrigados a usá-las em ambientes fechados e no transporte coletivo.

E isso não é nada bom, pois nem sempre se obedece à distância física, também. Vamos torcer para que a curva não volte a subir, pois no que diz respeito ao número de mortes, ela está baixando.

Também vi um canal de notícias do Brasil, para saber dos números, mas é difícil. Só dá politicagem, é uma baixaria atrás da outra, mentiras e corrupção, coisas que parecem não impressionar ninguém.

Nem quem deveria tomar providências, como Ministério Público, Supremo, OAB, sei lá, quem deveria verificar isso, botar um basta? Deve haver algum órgão que tenha poder para botar ordem na bagunça. Parece que só fora do Brasil isso parece grave.

E o nosso presidanta ia comemorar com um churrasco, no sábado – o sucesso da pandemia? - que mesmo anunciado diante das câmeras, foi desmentido por ele, como ele sempre faz: diz e depois nega que disse.

Regina Duarte, a ministra barraqueira, decepcionou mais da metade do Brasil, mostrando que aprendeu direitinho as lições do mestre e está bem parecida com ele. A “namoradinha do Brasil” nunca existiu ou foi devorada pela nova Regina Bolsoarte?

Vi um canal aqui da terrinha, também, e a política também está pegando fogo em Portugal, mas é por causa do coronavírus, por ações que devem ser tomadas, por divergência entre partidos por essa ou aquela ação. Mas no geral eles têm se unido para fazer o seu trabalho e está funcionando.

E este ano tivemos um Dia das Mães totalmente diferente dos outros, pois não foi possível ir até elas, as mães, para dar-lhes um abraço, um beijo, prestar-lhes a nossa homenagem, por causa do risco de levarmos até elas o coronavírus.

É muito triste pensar que num dia como este, quando deveriam se reunir todos os filhos para um tributo às suas mães, uma doença invisível e nefasta proíbe que nos aproximemos delas.

A que ponto chegamos, em que não visitar nossas mães, não abraçá-las, não dar-lhes um beijo é um prova de amor.

Sim, existe a tecnologia para ajudar nisso, existem os programas de vídeo ao vivo como Whatsapp, Messenger, Facetime, Zoom, etc., para que conversemos e mandemos o nosso abraço e o nosso beijo, para que possamos lhe dizer, pelo menos, o que vai no coração, mas não é a mesma coisa. Você ligou para ela? Sempre há tempo.

Então, meu Brasil adoecido, tome cuidado. Só saia de casa em extrema necessidade, use máscara, álcoll gel, sabão para lavar as mãos.

Cada brasileiro, todos os brasileiros, tomem cuidado. O vírus invisível e mortal está lá fora.

* Luiz Carlos Amorim é fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA em SC, com 40 anos de atividades e editor das Edições A ILHA, ocupante da cadeira 19 da Academia Sul Brasileira de Letras.

Fonte: Luiz Carlos Amorim



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