Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O autoextermínio e os conflitos no contexto familiar

O autoextermínio e os conflitos no contexto familiar

05/10/2018 Silvana Cordeiro Felipetto

A prevenção é o maior redutor da possibilidade de autoextermínio.

Quando os pais planejam ter filho, muita expectativa se cria acerca do futuro daquele ser que vem ao mundo. A vinda do bebê provoca nos pais e adultos próximos uma profunda ternura e respeito ao mistério da vida.

Passados alguns anos, muitas crianças, recebidas com essa bagagem de emoções, encontram dificuldades em entender e aceitar que aquelas pessoas em que desvelaram verdadeiro amor nos primeiros anos de vida, passaram a negligenciar e privá-los do carinho e proteção, o que resultará em sérios problemas psíquicos.

Dados estatísticos mostram que os filhos oriundos de lares desestruturados pela presença da violência, de abusos e toda forma de negligência, estão três vezes mais suscetíveis ao padecimento de instabilidades causadas por doenças emocionais, se comparados àqueles que convivem em uma estrutura familiar sólida.

O reflexo desta desestruturação está diretamente ligado ao fato de que é no ambiente familiar que o indivíduo desenvolve vínculos afetivos, além das normas de conduta e valor pessoal. A criação deste indivíduo sem os valores encontrados na convivência familiar não há parâmetros ao seu comportamento.

Segundo pesquisas desenvolvidas com jovens adolescentes cujos pais são divorciados, cerca de 85% deles afirmaram que sentiam falta das ocasiões em que estavam em contatos constantes com seus pais dentro de casa.

Algumas fontes estudadas mostram que os fatores familiares, incluindo psicopatologia dos pais; a história familiar de comportamento suicida; a discórdia familiar; as perdas dos pais por morte; ou a sensação de perda dos pais pelo divórcio, aliado ao estresse crônico são os maiores fatores de alterações na esfera social, relacionamentos, escolar, profissional e parental causando sequelas graves e muitas vezes irreversíveis.

A saída da mãe para o mercado de trabalho impôs a criação de novos papéis por parte dos integrantes do grupo familiar, aos quais foram modificados ao longo do tempo sem que houvesse uma preocupação quanto às consequências de desestruturação da entidade familiar.

O Estado, não se sabe por comodismo ou por interesse de seus respectivos governantes a qualquer destas situações, desenvolveu em sua nova ordem sua “identidade”, vez que passou a legislar e sancionar leis que favorecem a desagregação do modelo tradicional de família.

Esta jornada imprevisível nos mostra como a maioria dos adultos desconhece a fragilidade emocional e os traços que refletem as dores de uma criança ou adolescente. Neste sentido, o desenvolvimento de uma compreensão, baseada no diálogo, respeito e empatia de todos os envolvidos na criação desta criança, aliado aos conhecimentos dos profissionais de saúde e mediadores de conflitos, que promovem intervenções direcionadas, com foco na identificação deste comportamento na infância ou adolescência que gera o conflito, mostra-se fundamental no sentido de prevenir o autoextermínio infanto-juvenil.

Assim, a prevenção é o maior redutor da possibilidade de autoextermínio e deve ser debatido no contexto familiar estendendo à comunidade escolar, pois nela está o convite à transformação da nossa relação com a vida, a fim de trazer um significado maior para aqueles a quem nos confiaram o cuidado e amor nesta existência.

* Silvana Cordeiro Felipetto é advogada e mediadora do Instituto Alleanza.

Fonte: Naves Coelho Assessoria e Marketing



Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli