Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O descontentamento das massas com o PT

O descontentamento das massas com o PT

17/06/2015 Luan Sperandio

Dilma foi eleita ao final de outubro de 2014 com 51,64% dos votos válidos.

No início de dezembro, 40% dos brasileiros consideravam o governo Dilma como ótimo/bom, segundo a pesquisa concluída em 8 de dezembro (IBOPE).

Todavia, na última pesquisa de popularidade “Dilmal”, segundo essa metodologia, esse índice caiu para apenas 13%, com 60% considerando seu governo como ruim/péssimo.|

Mas por que houve essa queda abrupta de popularidade? Eis a reflexão. Imagine uma pessoa que durante a campanha eleitoral de 2014 entrou em coma e apenas agora retorna à plena posse de suas faculdades mentais.

Ela certamente se perguntaria o porquê desse colapso no governo. Os motivos são vários, porém não é muito difícil compreendê-los. Aliás, vale ressaltar que o escândalo de corrupção na Petrobrás não é o principal motivo para essa deterioração da popularidade do atual governo.

Maurício Coelho e Cristiano Penido já demonstraram que, na atual percepção do eleitor brasileiro médio, “todos são igualmente corruptos”. Logo, os valores serem estratosféricos é indiferente para a opinião popular.

A finalidade da corrupção também não é muito relevante para os eleitores médios; o dinheiro público desviado, via de regra, é um fim em si mesmo.

Nesse caso, a corrupção, por outro lado, foi um meio para continuar no poder (através de compra de apoio político com o dinheiro desviado). Isso foge à compreensão do brasileiro médio porque é difícil para ele entender a gravidade do fato de estarmos vivendo uma peça de teatro com cenário democrático no lugar de verdadeiras instituições republicanas.

Portanto, a deflagração dos escândalos na Petrobrás não é o principal motivo de a massa se virar contra o governo que ajudou a eleger. O descontentamento popular com o governo do PT tem muito mais a ver com uma inflação enorme, com recessão econômica e com o desemprego crescendo do que com a corrupção.

É cristalino o sentimento de que, após a estabilização política do governo Itamar, da estabilização econômica de FHC e de relativa ascensão social vivida no governo Lula (méritos dele ou não), o país regrediu com Dilma, não deu o próximo passo, qual seja, a melhoria de serviços, de produtividade e da qualidade de vida.

Ademais, essa queda de popularidade tem relação direta com as eleições de 2014. A campanha à reeleição de Dilma Vana Rousseff foi como o belíssimo quadro de Dorian Gray, mas pintado por João Santana.

Como mostrou Oscar Wilde ao final do livro vitoriano, a obra prima se tratava, na verdade, de uma alma podre. O governo defender a necessidade de um ajuste fiscal quando antes dizia estar no rumo certo tornou-se um discurso incoerente para a população.

Afinal, “se estava tudo certo, por que ajustar agora para combater a inflação e o desemprego que aumentaram? E mesmo assim, por que aumentando a carga tributária para nós pagarmos? ”

Os sucessivos erros na política econômica intervencionista-desenvolvimentista, o fracasso da Nova Matriz Econômica, o estado agigantado e seu aparelhamento, as denúncias de corrupção crescentes e, principalmente, o estelionato eleitoral são fatores que causaram essa quebra de legitimidade moral, impactando na popularidade da presidência.

O segundo mandato mal começou, entrementes, por tudo isso, o sentimento é de que se trata de um “final de feira”, de uma desesperança. Por fim, os brasileiros compartilharam da húbris do PT e hoje terão de compartilhar também de sua nêmesis.

* Luan Sperandio é Especialista do Instituto Liberal, Acadêmico do curso de Direito Universidade Federal do Espírito Santo.



A importância do financiamento à exportação de bens e serviços

Observamos uma menor participação das exportações de bens manufaturados na balança comercial brasileira, atualmente em torno de 30%.

Autor: Patrícia Gomes


Empreendedor social: investindo no futuro com propósito

Nos últimos anos, temos testemunhado um movimento crescente de empreendedores que não apenas buscam o sucesso financeiro, mas também têm um compromisso profundo com a mudança social.

Autor: Gerardo Wisosky


Novas formas de trabalho no contexto da retomada de produtividade

Por mais de três anos, desde o surgimento da pandemia em escala mundial, os líderes empresariais têm trabalhado para entender qual o melhor regime de trabalho.

Autor: Leonardo Meneses


Desafios da gestão em um mundo em transformação

À medida que um novo ano se inicia, somos confrontados com uma miríade de oportunidades e desafios, delineando um cenário dinâmico para os meses à frente.

Autor: Maurício Vinhão


Desumanização geral

As condições gerais de vida apertam. A humanidade vem, há longo tempo, agindo de forma individualista.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O xadrez das eleições: janela partidária permite troca de partidos até 5 de abril

Os vereadores e vereadoras de todo país que desejam trocar de partido têm até dia 5 de abril para realizar a nova filiação.

Autor: Wilson Pedroso


Vale a renúncia?

Diversos setores da economia ficaram surpresos com um anúncio vindo de uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale.

Autor: Carlos Gomes


STF versus Congresso Nacional

Descriminalização do uso de drogas.

Autor: Bady Curi Neto


O que está acontecendo nos bastidores da Stellantis? Muitas brigas entre herdeiros

A Stellantis é rica, gigante, e a Stellantis South America, domina o mercado automobilístico na linha abaixo da Linha do Equador.

Autor: Marcos Villela Hochreiter

O que está acontecendo nos bastidores da Stellantis? Muitas brigas entre herdeiros

A verdade sobre a tributação no Brasil

O Brasil cobra de todos os contribuintes (pessoas físicas e jurídicas) sediados no território nacional, cerca de 33,71% do valor de todos os bens e serviços produzidos no país.

Autor: Samuel Hanan


Bom senso intuitivo

Os governantes, em geral, são desmazelados com o dinheiro e as contas. Falta responsabilidade na gestão financeira pública.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


População da Baixada quer continuidade da Operação Verão

No palanque armado na Praça das Bandeiras (Praia do Gonzaga), a população de Santos manifestou-se, no último sábado, pela continuidade da Operação Verão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves