Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O governo (incompetente) e a ferrovia

O governo (incompetente) e a ferrovia

15/02/2016

O transporte ferroviário é hoje fundamental na Europa, nos Estados Unidos e em outras partes desenvolvidas do mundo.

O governo (incompetente) e a ferrovia

Ele se complementa com os sistemas hidroviário, marítimo, aeroviário e rodoviário. No Brasil também já foi assim.

Como todos aqueles que, nos tempos de menino, conheceram o trem como meio eficiente de transporte, chegando ao exagero de acertar os relógios com a sua passagem, tamanha era a pontualidade, hoje vejo com absoluta tristeza as linhas férreas tomadas pelo mato e a existência de “cemitérios” de locomotivas a vagões, resultantes da incompetência de sucessivos governos que, por força ideológica encamparam as ferrovias, as sugaram, não investiram em sua atualização e depois abandonaram.

As ferrovias, desde a primeira, construída pelo Barão de Mauá, foram implantadas no Brasil pela iniciativa privada. Ao longo do tempo, os governos, em vez de simplesmente fiscalizar, cederam às pressões do sindicalismo de esquerda e as estatizaram.

As empresas privadas que até então eram lucrativas e mantinham um serviço sob concessão pública, transformaram-se em cabides de empregos e benesses até se tornarem inviáveis. Boa parte das linhas foi desativada porque não houve a troca dos dormentes apodrecidos e, além de provocar acidentes, a precariedade obrigava o trem a trafegar em velocidades reduzidíssimas.

Além do café em São Paulo, do minério em Minas e de outros produtos regionais em diferentes pontos do país, as ferrovias foram, durante muito tempo, o meio de transporte da população, já que não haviam veículos e nem rodovias asfaltadas.

Culpam o rodoviarismo pelo fracasso das ferrovias. Mas, na verdade, foi a incompetência dos governos que as detiveram e mantiveram como coisas de ninguém. Na Europa, especialmente na Bélgica e Alemanha, o barco, o trem, o ônibus e o caminhão são complementares no esquema de transporte e todos ganham, inclusive os donos das cargas, os passageiros transportados e a sociedade.

Aqui também poderia ser assim, mas falta empenho, continuidade e vontade política. Vimos o ex-presidente Sarney empenhar-se para a construção da Ferrovia Norte-Sul, que levaria do Brasil central ao Maranhão e não foi concluída.

Hoje o governo promete construir a “Ferrogrão”, uma estrada de ferro de 1.140 quilômetros, de custo estimado em R$ 10 bilhões, para ligar Mato Grosso ao Pará, e para ali destinar a exportação dos grãos hoje embarcados em Santos SP) e Paranaguá (PR).

Já vimos muitas vezes governantes dizendo dos planos da ferrovia transoceânica, que ligaria o Atlântico ao Pacífico, entre Santos e um dos portos da costa chilena. Mas nada sai do papel, assim como também não saíram o trem-bala Campinas-Rio, que não teve interessados em nele investir e muito menos os trens de media velocidade anunciados em campanhas eleitorais.

Difícil acreditar que o governo, no atual momento econômico, tenha forças para construir ou atrair investidores à ferrovia graneleira. Nem as ferrovias que receberam prontas e operando, os governos – federal e estaduais – tiveram competência para manter.

Hoje elas constituem um verdadeiro libelo à incompetência governamental e, de alguma forma, aguardam uma finalidade ao imenso patrimônio investido no passado.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).



As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes