Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O Verdadeiro "Vilão" dos Megaeventos

O Verdadeiro "Vilão" dos Megaeventos

17/05/2016 Morgana Toaldo Guzela

Os "vilões" não são os megaeventos, mas alguns daqueles que os organizam.

Pan, Copa e, mais recentemente, Olimpíadas, demandaram investimentos “astronômicos”. E quais são os seus legados? O que veio à sua mente? Aspectos positivos ou negativos? Tanto no Brasil como fora, em momentos de alto investimento como esses, há o constante questionamento, dadas as necessidades em áreas como a saúde, a educação, transporte, segurança, além dos impactos sociais, culturais, ambientais, etc. Porém, uma análise mais criteriosa e de médio a longo prazo é necessária.

Com tais megaeventos, há melhoria na infraestrutura das cidades receptoras, seja com estruturas esportivas, como com vias e meios de transporte e hospedagem, capacitação de trabalhadores, melhores padrões de serviços, novos negócios, desenvolvimento das capacidades turísticas e receptivas da cidade e cidadãos, exposição internacional do país, aumento do consumo, etc. Esses são alguns dos aspectos positivos, com impactos sociais, culturais e também financeiros.

Todavia, os benefícios podem ser maiores se for maximizada, por exemplo, a percepção da importância da prática esportiva e do desenvolvimento de atletas. Ao analisar grandes medalhistas, a cada competição percebe-se que o investimento e valorização dos esportes daqueles países é constante e faz parte de uma política que envolve além dos esportes, áreas como a de saúde e de educação. Uma constante que independe dos megaeventos, mas que fazem parte da cultura e da política e que trazem contribuições que vão muito além das medalhas, já que é comprovado que com a prática esportiva melhora-se o desempenho escolar, cultural e social, bem como a saúde dos praticantes, minimizando problemas de saúde durante toda a vida. Aliado a isso, cria-se significado para a vida de muitos jovens, que investem seu tempo em práticas saudáveis, diminuindo a criminalidade, a miséria, dentre outras mazelas.

Trazer megaeventos para nosso país deve, ou deveria, suscitar na população e, principalmente nos governantes, tal percepção mais estrutural, que visa aproveitar essa janela de oportunidade aberta, com os altos investimentos, para a construção da infraestrutura necessária não somente para os megaeventos, mas para a sociedade, para os cidadãos que dia a dia trabalham para pagar impostos. Que, de janeiro a abril, trabalham quase que exclusivamente para o sustento de um governo que, apesar de ter sido escolhido pelo voto popular, não faz jus a tal representação, fazendo escolhas partidárias e pessoais, buscando benefícios próprios, sem falar nas corrupções desenfreadas.

Ao analisar casos de sucesso, como o de Barcelona, percebe-se e deve-se aprender que os megaeventos ou outras janelas de oportunidade que abrem possibilidades de grandes investimentos devem ser cautelosamente planejados, com foco na sociedade, no seu desenvolvimento e nos ganhos de longo prazo. Ainda, observa-se que o planejamento deve considerar prazos e investimentos factíveis, impossibilitando manobras que deixem de lado a transparência e a livre concorrência, que facilita o encobrimento de corrupção.

Concluo que os "vilões" não são os megaeventos, seja no Brasil ou fora, mas alguns daqueles que os organizam, que necessitam de maior profissionalismo, imparcialidade e visão de longo prazo, com benefícios para o cidadão. Esses "vilões" o são, por não saberem o real propósito de sediar megaeventos, sabendo que são um meio e não um fim em si próprios. São “vilões” por esquecerem o real propósito de representar sua população.

*Morgana Toaldo Guzela, coordenadora do Curso Superior de Gestão de Eventos do Centro Tecnológico Positivo.



O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan