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Para tudo que eu quero descer!

Para tudo que eu quero descer!

02/09/2020 Amanda Parreira

Sempre quis dizer "para tudo que eu quero descer". E disse.

Acho que é uma daquelas frases como "desligue a chave geral”, “o último a sair apaga a luz” que ficam na mente, prontas, à espera do momento que pode nunca chegar.

Pois bem, como o novo cenário do isolamento social, o momento chegou!

A necessidade do afastamento de atividades habituais faz com que as pessoas sintam uma mudança brusca em hábitos e costumes.

Sair da rotina, zona de conforto e seguir com os pés na incerteza e sem referência do que é bom ou não, traz consequências que se prolongam para uma vida toda.

Se você está ansioso para retomar sua vida exatamente do ponto que ela parou, desconstrua este pensamento ou sensação, pois está iludido.

Mesmo que esse período acabe o mais rápido possível, não haverá “volta ao normal”. Nada será como antes. Estamos vivendo uma fase marcada por e incertezas e transformações.

Quando o sociólogo Zygmunt Bauman, em 1999, lançou o livro “Modernidade Líquida”, não se podia imaginar um vírus capaz de paralisar nações.

Entretanto, naquela época, ele já escreveu como quem já soubesse que o século XXI seria muito diferente do século XX.

O sociólogo investigou e apontou que os seres humanos estão dando mais importância aos relacionamentos “das redes”, sem muito contato e apego, perdendo cada vez mais a referência de um relacionamento “sólido-físico”.

As alterações das formas sociais como trabalho, família, os ideais, o amor e a amizade e, por fim, a própria identidade do ser humano estaria fadada a um caminho sem volta.

Essa situação produz angústia, ansiedade constante e com o medo vem o desemprego, a solidão com o isolamento, ausência de referências de crenças e valores, como pertencer a este novo mundo sem saber qual é o próximo passo ou o que está certo ou errado.

A pandemia forçosamente nos levou a relacionamentos remotos cheios de restrições! Mas, curiosamente, agora isso assusta:

- Trabalho isolado, conversas por aplicativos, treinar com um programa de TV, sair para encontrar amigos, festas sem amigos, jantares escolhidos em aplicativos, família reunida;

- Trabalho remoto, falta de trabalho ou trabalho com exposição ao vírus;

- Falta de tempo ou muito tempo ocioso, porém com vontade de fazer o que não é mais permitido e seguro.

Um paradoxo surgiu com o novo coronavírus: tudo o que estávamos fazendo de forma “automática”, sem perceber a mudança de crenças e valores, hoje se tornou vital para o equilíbrio físico e mental.

Saúde mental, inteligência emocional, meditação, depressão, transtorno de ansiedade, crise de pânico, cursos e mais cursos… um bombardeio de informações simplesmente porque ainda não existe o jeito certo.

A irreflexão faz hoje o ser humano fazer coisas sem saber o que terá como consequência das suas atitudes.

Em síntese, ainda é cedo para saber os reais impactos da pandemia no curto, médio e longo prazo. Mas, o fato é que muitas coisas já mudaram e continuarão a mudar daqui para frente.

Muitos modelos de negócios devem deixar de existir para dar lugar a novos. Muitos pais vão rever seus papéis na educação dos filhos. O próprio comportamento humano em si será revisitado.

A necessidade do Direito em se adequar ao tempo é determinante para acompanhar todas as mudanças que chegaram para ficar.

Direito digital, LGPD, fraude digital, contratos eletrônicos são somente alguns exemplos de uma vasta lista do constante desenvolvimento da era da informação.

Será realidade que uma nova sociedade irá nascer ou já nasceu?

Eu desci e agora estou retornando, torcendo e agindo para que eu continue afirmando que o melhor sempre está por vir.

* Amanda Parreira é Gestora e Consultora de Recursos Humanos, Life e Professional Coaching, Coordenadora da Inrise Recrutamento Jurídico, Especialista em Carreira e Recolocação.

Fonte: Grupo Inrise



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