Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Pavão da política brasileira

Pavão da política brasileira

01/10/2017 Renan Antônio da Silva

O Brasil é indubitavelmente único.

É improvável que alguma nação no mundo faça um uso tão decrépito da política como é feito no Brasil. Não é a política o nosso problema, nunca foi. Essa pretensa aversão incutida nas massas contra a política e políticos, sendo que alguns chegarão a se eleger sob a égide de que “não são políticos, mas gestores”, é, como Marx dizia no século XIX, a síntese de toda dialética hegeliana, num transtorno social gravíssimo que acomete o Brasil.

Com essa síntese inacabada, vemos que o Brasil, por meio de suas classes políticas dominantes, desde muito tempo, usam todos os meios possíveis para manobrar a superestrutura, remodelando a infraestrutura e estrutura, ao invés de ocorrer o processo comum. A História é uma excelente tutora para compreendermos o presente.

A historiografia é a mãe que necessitamos para compreender por quê algumas coisas são, outras não foram e, pior, porque alguma são e foram ao mesmo tempo. O Brasil é forjado em todos os sentidos, como Gilberto Freyre disse, na Casa Grande e a Senzala.

Logo, quando vemos o desenvolvimento da política brasileira, entre mitos e verdades, humanos e divinos, sempre na busca do herói salvador, na concepção sebastianista de que alguém nos resgatará dessa falta de pudor, perdemos os rumos do que realmente era importante e necessário à nação.

Roma compreendeu o contexto e deu direções claras para Inquisição brasileira sobre o que perscrutar: crimes contra a fé e heresias, fiscalizar os estudantes e cuidar dos miseráveis. Não deveriam se envolver em questões de moral, algo que muitos entenderam como uma permissão para violação de votos perpétuos e, então, constituíram famílias.

Outra diretriz clara: não se envolverem nas questões do padroado porque essa era uma concessão do pontífice e assim deveria ser observada a soberania temporal-espiritual da Igreja, sem conflitar com os interesses do que lhes daria o pão, o Estado brasileiro. Isso é a realidade sobre o povo brasileiro, do nosso ponto de vista, o único que tem capacidade de ser o sucesso em tudo.

São como as baratas: desprezados por muitos, desprezíveis por outros, mas os únicos capazes de resistir aos maiores tsunamis mundiais, especialmente os culturais e sociais. Como cantava o poeta e esse é o caso do povo brasileiro: o pavão misterioso, pássaro formoso.

O pavão é lindo, mas seus pés são horrendos, deploráveis e chocantes. É penalizador que tão belo pássaro seja equipado com acessórios tão importantes, mas horríveis.

* Renan Antônio da Silva é Chefe de Gabinete da Reitoria do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL).



Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli