Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Pelo fim do financiamento público de partidos e campanhas

Pelo fim do financiamento público de partidos e campanhas

11/06/2015 Vitor Delphim

Com essa mudança, a liberdade dos indivíduos está sendo cerceada.

Essa semana foi aprovada, em primeira votação na Câmara dos Deputados, a PEC – Proposta de Emenda a Constituição que define com que recursos poderá ser realizado o financiamento de partidos políticos e de campanhas eleitorais.

Os partidos políticos poderão receber recursos do fundo partidário e das pessoas físicas e jurídicas, enquanto os candidatos poderão receber recursos somente de pessoas físicas e de seus partidos.

Com essa mudança, a liberdade dos indivíduos está sendo cerceada. Você sabia que os partidos políticos têm liberdade para se autorregularem, podendo definir estatutariamente se aceitam ou não financiamento público e/ou privado, e ainda se de pessoas físicas e/ou jurídicas?

Infelizmente o debate se centrou nos posicionamentos favoráveis e contrários ao financiamento privado de pessoas jurídicas, porém nada se ouviu sobre a necessidade de transparência dessas doações em tempo hábil antes das eleições e sobre os partidos que são totalmente antidemocráticos e seus caciques autoritários que se eternizam no poder vivendo às custas do cidadão, através do fundo partidário.

Não ouvi uma voz no Congresso defendendo que se acabasse com o Fundo Partidário, dinheiro seu, meu, dinheiro nosso; diga-se de passagem, esse ano o volume de recursos para os partidos triplicou.

Caso o fundo partidário acabasse, obrigaríamos assim os partidos políticos a se aproximarem dos cidadãos e dos militantes partidários. Nesse processo, os partidos seriam incentivados a se abrirem e a serem mais democráticos, por uma simples razão: sua sobrevivência.

Assim como qualquer empresa tem que ser atraente para conquistar e fidelizar seus clientes para crescerem e se manterem no mercado. Os partidos políticos teriam que trabalhar e muito para realmente serem legitimados junto à população, seriam obrigados a ter uma pauta conexa com a realidade das demandas populares e, assim, seus eleitores, ao identificarem que o partido A ou B está realmente trabalhando na defesa dos seus interesses, naturalmente participará da vida partidária e contribuirá financeiramente para estes.

E onde entram as pessoas jurídicas nisso? Até agora você só falou de financiamento de pessoas físicas… – Você deve estar se perguntando.

Qual o problema de empresas que produzem painéis solares doarem recursos para candidatos do Partido Verde? Energia renovável não é uma bandeira do Partido Verde?; ou Qual o problema dos sindicatos dos metalúrgicos doarem recursos(me refiro aos recursos privados dos trabalhadores sindicalizados, não a recursos públicos que por ventura tenham recebido.) para candidatos do partido dos trabalhadores?

Mas eles trabalharão para defender os interesses dessas pessoas jurídicas. Isso é um absurdo! – Você deve estar pensando. Isso não é um absurdo, isso é a democracia.

Empresas e sindicatos não votam, porém são formados por pessoas e possuem recursos que podem e devem ser usados para ajudar a divulgar as ideias de partidos e candidatos que são coerentes com os objetivos das empresas. O que não podemos aceitar mais é falta de transparência.

Deveríamos alterar o período em que candidatos e partidos podem receber doações, exigindo que essas cessem e estejam à disposição de todos ao menos 30 dias antes das eleições. A falta de transparência é que é um absurdo! Mas e o tráfico de influência para beneficiar as empresas que doaram para as campanhas?

O tráfico de influência pode acontecer com doação ou sem. Ao contrário do que o senso comum nos leva a pensar, a doação na campanha afasta e minimiza essa possibilidade, de vez que naturalmente os políticos serão fiscalizados com maior atenção em ações que possam beneficiar essas empresas ilegalmente.

Temos é que exigir fiscalização constante e prisão para os ladrões que pratiquem quaisquer crimes. Assim o cidadão não bancará a mordomia de meia dúzia de caciques que vivem às nossas custas através do fundo partidário, conhecerá todas as doações recebidas pelos partidos e candidatos, terá ciência do que realmente os seus apoiam, com o que se comprometem e, sobretudo, resguardará a liberdade de todos cidadãos de bem e que lutam por uma sociedade melhor.

* Vitor Delphim é especialista do Instituto Liberal, consultor e pensador político, formado em administração de empresas pela FGV e cursa MBA em Finanças pelo IBMEC.



Melhor ser disciplinado que motivado

A falta de produtividade, problema tão comum entre as equipes e os líderes, está ligada ao esforço sem alavanca, sem um impulsionador.

Autor: Paulo de Vilhena


O choque Executivo-Legislativo

O Congresso Nacional – reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados – vai analisar nesta quarta-feira (24/04), a partir das 19 horas, os 32 vetos pendentes a leis que deputados e senadores criaram ou modificaram e não receberam a concordância do Presidente da República.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”.

Autor: Felipe Villaça


Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli