Quando a propaganda não é a alma do negócio
Quando a propaganda não é a alma do negócio
Nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Muitas vezes a sobrevivência das empresas e dos projetos depende do sigilo.
Estranha afirmação, não? Mas, é a pura verdade. Atualmente as empresas investem valores altíssimos em tecnologia para proteger as informações dos seus clientes. Este é um exemplo onde o sigilo deve prevalecer. Na história da humanidade nunca o ser humano obteve tantas informações. Lidar com elas nem sempre é uma tarefa fácil. Sabemos que a manutenção do sigilo, é uma responsabilidade da empresa. Mas como os gestores estão lidando com esta situação?
É importante destacar que a maior parte das falhas na segurança é gerada pelas pessoas. Entretanto não é só através destas falhas que as informações podem vazar. Muitas vezes um simples comentário entre um colaborador com uma pessoa de sua confiança, pode despertar o interesse de alguém, que pode sequer nem estar participando do diálogo e mesmo assim, se tornar uma ameaça. Para evitar que essas situações aconteçam, é importante elaborar um programa de gerenciamento seguro das informações que tenha foco nos aspectos comportamentais dos colaboradores.
Diferente? Talvez. Difícil? Nem tanto. Uma opção seria iniciar todo o processo de forma proativa, elaborando um programa de conscientização do seu pessoal. Esse programa poderia ser elaborado mostrando a importância de manter sigilo com o trabalho. Nele, o gestor deve reforçar os benefícios e não as punições. Os aspectos éticos também devem estar presentes. O conteúdo poderia ser obtido tomando como base os casos vividos na empresa ou fora dela.
Sempre apresentando o ato e as consequências. Uma boa dica é pedir que os colaboradores apresentem a maneira como a situação poderia ter sido evitada através de ações prévias. É interessante usar a empatia. Perguntar ao colaborador: como você se sentiria se tivesse os seus dados sigilosos divulgados? Mostrar que essa é a mesma sensação que o cliente apresenta e registra. Para reforçar, é importante discutir com o colaborador o contrato estabelecido entre a empresa e o cliente. É recomendado que sejam elaboradas políticas e normas que visem, principalmente, a educação dos colaboradores.
Reforçando que, quando os colaboradores participam do processo, se sentem responsáveis e se esforçam para que funcione bem. Mesmo assim, é importante informar a divulgação de informações sigilosas é crime. E que, para ser considerado como tal, é necessário, muitas vezes, apenas um simples comentário com pessoas que não estejam envolvidas no processo. O leitor deve observar que em nenhum momento se buscou encontrar culpados. Buscou-se encontrar soluções. Afinal, isso é que é importante e deve ser divulgado.
*Odilon Medeiros – Consultor em gestão de pessoas, Mestre em Administração, Especialista em Psicologia Organizacional, Pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em Vendas e palestrante.