Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Rio+20: turbilhão de expectativas

Rio+20: turbilhão de expectativas

18/06/2012

Durante os próximos dias - vinte anos após a Cúpula da Terra, a Rio 92, ­ou ainda quarenta anos após a Estocolmo 72 ? uma vez mais chefes de Estado ou de Governo e lideranças da sociedade civil, do setor privado e da academia se reúnem no Rio de Janeiro com a responsabilidade de pensar o futuro do planeta.

Algumas das inquietações dos brasileiros atentos às pré-discussões certamente são “Como o Governo do nosso país – que é o anfitrião – lidará com o ‘novo’ Código Florestal?” e “Quais serão os resultados da conferência?”.

Em relação ao Governo, em primeiro lugar, é preciso ressaltar que há posicionamentos antagônicos sobre as questões ambientais. Externamente, nas últimas conferências da ONU sobre Diversidade Biológica e Mudança do Clima, por exemplo, o Brasil assumiu um discurso em prol da proteção de seu patrimônio natural, inclusive se comprometendo com metas de redução de emissão de gases-estufa, de forma voluntária, e de ampliação das áreas naturais protegidas.

Por outro lado, internamente, ainda impera uma política econômica de desenvolvimento a qualquer custo, que se sobrepõe à conservação da natureza. Essa visão foi corroborada pela aprovação no Congresso Nacional do projeto de lei que altera o Código Florestal, o que significaria um desmonte sem precedentes da legislação ambiental, falsamente justificado pela sua “falta de eficácia e aplicabilidade”. Por causa da pressão do povo, dos ambientalistas e lideranças, a presidente Dilma Rousseff vetou 12 itens da proposta de mudança do código.

Ainda assim, o resultado não foi o esperado, quando se imaginava que a presidente iria vetá-lo completamente ao ver tanta mobilização contra a nova proposta. Como um país que assumiu metas e uma posição de protagonista nas próprias conferências das convenções da ONU poderia flexibilizar a lei ambiental para permitir mais desmatamentos?

Para ir além, a esperança – talvez até um pouco utópica – é que o governo comece a reconhecer a proteção da natureza como prioritária para o próprio desenvolvimento do Brasil, interna e externamente. Em relação à outra inquietação, sobre os resultados que serão gerados pela conferência, a previsão é que não sejam firmados acordos expressivos na Rio+20.

Isso porque o cenário é preocupante: mesmo os países desenvolvidos que antes demonstravam interesse em fortalecer o pilar ambiental e adotar metas mais ousadas recuaram diante da crise financeira/econômica, aproximando-se do posicionamento dos países em desenvolvimento que sempre se preocupam mais com as demandas e avanços econômicos. Entretanto, mesmo assim, a Rio+20 precisa deixar sua marca e contribuição.

A maior probabilidade é que se repita o que ocorreu na COP 17 da Convenção do Clima, realizada em 2011 em Durban, em que o resultado foi um acordo paliativo para ganhar tempo de envolver os ainda resistentes países e definir futuramente metas consideradas justas para todos. Isto é, pouca coisa na prática, mas com a expectativa de pelo menos se construir um plano de desenvolvimento sustentável para os países-membros das Nações Unidas, com visão de longo prazo.

Uma das mensagens-chave que a declaração final da Rio+20 deve deixar é que para que o planeta alcance a almejada sustentabilidade é fundamental que todos os setores da sociedade (Estado, setor privado e sociedade civil) se adiantem nas providências do que já há de informações e conhecimento científico suficiente para saber: os recursos disponíveis e qualidade de vida para a população demandante são incompatíveis.

A expectativa é que, paralelamente às metas e aos acordos oficiais, a nossa sociedade caminhe para reverter sua forma de viver, produzir e se relacionar com o meio ambiente ­ sempre levando em consideração que a base do seu sustento está na natureza conservada.

Malu Nunes é engenheira florestal, mestre em Conservação da Natureza e diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. 



Dia de Ogum, sincretismo religioso e a resistência da umbanda no Brasil

Os Orixás ocupam um lugar central na espiritualidade umbandista, reverenciados e cultuados de forma a manter viva a conexão com as divindades africanas, além de representar forças da natureza e aspectos da vida humana.

Autor: Marlidia Teixeira e Alan Kardec Marques


O legado de Mário Covas ainda vive entre nós

Neste domingo, dia 21 de abril, Mário Covas completaria 94 anos de vida. Relembrar sua vida é resgatar uma parte importante de nossa história.

Autor: Wilson Pedroso


Elon Musk, liberdade de expressão x TSE e STF

Recentemente, o ministro Gilmar Mendes, renomado constitucionalista e decano do Supremo Tribunal Federal, ao se manifestar sobre os 10 anos da operação Lava-jato, consignou “Acho que a Lava Jato fez um enorme mal às instituições.”

Autor: Bady Curi Neto


Senado e STF colidem sobre descriminalizar a maconha

O Senado aprovou, em dois turnos, a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) das Drogas, que classifica como crime a compra, guarda ou porte de entorpecentes.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre