Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Seis maneiras de brincar com sua leitura

Seis maneiras de brincar com sua leitura

12/08/2017 Prof. Leo Fraiman

Hoje em dia, a importância do exercício físico para a saúde é muito reconhecida.

Mas já parou para pensar que a mente também pode ser exercitada? Da mesma forma que o esforço físico compensa, buscar melhores formas de usar o cérebro traz enormes benefícios a praticamente todas as áreas da vida.

Ler bons livros, gibis, charges, contos, tudo que possa exercitar nossa imaginação, contribui com a missão de ver o mundo por diversos olhares. Temos várias ferramentas ao nosso alcance, pois muitas empresas estão colocando suas marcas à disposição da criatividade e da leitura, como recentemente fez o McDonald’s, com a campanha Ler e Brincar.

Edward De Bono, professor da Universidade de Oxford, é criador de diversas obras, dentre elas o livro “Os Seis Chapéus do Pensamento”, na qual propõe um conceito facilmente aplicável: experimentar formas de pensar diferentes das que se está habituado, tendo como objetivo novas ideias e modos de realizar ações.

Hoje a ciência já sabe que a criatividade é uma competência treinável. Assim, usando as possibilidades trazidas pelos seis chapéus - ou seis formas de ver o mundo - De Bono nos mostra que podemos “alongar” e “fortalecer” nossas ideias para outros estilos, ampliando a capacidade criativa.

Fica clara a importância de resgatar e criar espaços para a brincadeira, tão deixada de lado pelos adultos, pois o ato de brincar exercita conexões cerebrais que desenvolvem e enriquecem os pensamentos.

O convite é para que, ao ler as descrições dos seis estilos, você reflita sobre qual(is) do(s) chapéu(s) se identifica mais ou menos e sobre quais poderia começar a “vestir”.

Preto: é o chapéu do pessimismo, da crítica, que foca nos riscos e pede cautela ao adotar um novo procedimento ou forma de agir. Seu lado positivo protege de erros e problemas. Porém, quando usado em primeiro lugar, tende a rebaixar o clima e o humor. Este é um dos últimos chapéus a serem usados diante de uma situação de cenários incertos, pois bloqueia a criatividade.

Vermelho: o chapéu das emoções, da intuição e dos sentimentos. Gary Klein, pesquisador norte-americano, mostra que pessoas que tomam decisões importantes escutando a intuição se arrependem menos e ficam mais satisfeitas com suas decisões do que as que se baseiam apenas em dados racionais.

Branco: estilo de pensamento usado quando o foco recai sobre os dados “frios”: números, fatos, experiências, dados, imagens claras e palpáveis. Deve ser usado com cuidado, uma vez que esta atitude pode desmotivar a todos e gerar uma sensação de frieza e desinteresse.

Verde: associado com a criatividade, a fertilidade e a abundância de ideias, permitindo novas possibilidades e alternativas. Seu maior desafio é não se distanciar demais da realidade.

Amarelo: O foco desta atitude mental é voltado para os benefícios e a viabilidade das novas propostas – é o chapéu otimista. Esta forma de pensar animada e calorosa gera motivação e alegria no ambiente, porém, pede cuidados quando se torna muito ingênua e desmedida.

Azul: o chapéu do líder, que cuida da organização e busca as respostas para as questões essenciais: quem, como, onde, para que, com quem, para quando, para quem usar, e se, quais as consequências. É a atitude de perceber o todo e analisar as situações com base em processos.

Temos um tanto de cada um destes estilos de pensamento. Todos eles têm luz e sombra, hora e lugar para serem usados. Os estilos têm a ver com a história de cada um e a beleza da diversidade está em perceber como podem se completar.

Identifique no seu dia-a-dia quais chapéus são menos frequentes. Em grupo, elabore “problemas” que deverão ser resolvidos com cada pessoa vestindo um dos chapéus por rodada. Quando estiver brincando com os seus filhos, perceba os chapéus que está utilizando.

Um dos motivos pelos quais crianças adoram brincadeiras é porque elas estimulam o uso variado dos estilos de pensamento. Nos próximos dias, procure vestir sua mente com novos chapéus. Topa brincar de ler o mundo com novos olhos?

Indicações de leitura

BONO, Edward de. Os Seis Chapéus do Pensamento. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

BONO, Edward de. Criatividade levada a sério. Thomson Pioneira, 1994.

GLADWELL, Malcolm. Blink - A Decisão Num Piscar de Olhos. Rio de Janeiro: Sextante, 2016.

KLEIN, Gary. Fontes do poder – o modo como as pessoas tomam decisões. Instituto Piaget, 2001.

* Prof. Leo Fraiman é psicoterapeuta, escritor e palestrante.



Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes


Como lidar com a dura realidade

Se olharmos para os acontecimentos apresentados nos telejornais veremos imagens de ações terríveis praticadas por pessoas que jamais se poderia imaginar que fossem capazes de decair tanto.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra