Selic mais alta não intimida mercado imobiliário
Selic mais alta não intimida mercado imobiliário
O setor imobiliário brasileiro surpreendeu os especialistas mais experientes e, durante a pandemia, foi um dos agentes responsáveis por manter a economia brasileira aquecida.
De acordo com levantamento realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o mercado imobiliário fez o PIB do segmento subir 4% em 2021, sendo a maior marca registrada desde 2013.
Se durante o período de isolamento o consumidor identificou a necessidade de “morar melhor”, agora o questionamento que abrange todo o mercado é se este ainda é um bom momento para investir ou comprar um imóvel.
Apesar de alguns desafios que surgem ao longo do caminho, como a elevação dos custos de construção e encarecimento de matéria-prima como, por exemplo, o aço, além da elevação da Selic para 6,25%, determinada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, a opinião unânime entre os especialistas, investidores e empresários é de que o mercado imobiliário não apresenta sinais de desaceleração e deve se manter em expansão por um longo período.
Esse cenário é justificado pelo fato do imóvel sempre ser uma alternativa rentável e contar com um risco menor na carteira de investimentos.
Outro fator levado em consideração é a alta demanda por imóveis, seja em São Paulo ou nas demais capitais brasileiras.
Isso ocorre porque a procura segue elevada tanto pelas pessoas que têm o objetivo de moradia, como aquelas que simplesmente desejam obter renda mensal por meio do aluguel.
De empreendimentos de alto padrão a lançamentos populares, como os do Programa Casa Verde Amarela, a relação entre consumidor e incorporadoras também influencia a estabilidade do setor e o direciona para o lançamento de produtos específicos, que atendam aos mais diversos perfis de públicos.
Essas novas tendências vêm sendo mapeadas pelas incorporadoras e, alinhadas à perspectiva de retomada da economia pós-pandemia, são refletidas em lançamentos únicos e exclusivos.
Obviamente a alta da Selic até o fim do ano acende alguns alertas no mercado. Um deles é a maior dificuldade dos compradores conseguirem a concessão de crédito imobiliário.
Porém esse aumento ainda está em um nível muito abaixo do período em que a Selic atingiu patamares acima de 14%.
Por ora, com a reabertura do mercado pós-pandemia, o momento ainda é amplamente favorável para o investimento em imóveis, seja para moradia, investimento ou para fonte de renda.
Nos próximos meses, novos lançamentos prometem manter o setor bastante aquecido e despertar ainda mais o interesse dos consumidores e investidores.
* Ronnie Sang Jr. é empreendedor, CEO e fundador da AoCubo, imobiliária digital que transforma a experiência de compra e venda de imóveis novos por meio de tecnologia.
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Fonte: Motim