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Só o capitalismo pode atender aos mais pobres

Só o capitalismo pode atender aos mais pobres

02/10/2014 Pedro Vitor

O sistema capitalista tem se mostrado, desde o princípio, como o mais eficaz na produção de bens e serviços, bem como na gestão de recursos e produção de riqueza, mas ao que parece grande parte da população mundial não está ciente destes avanços.

Não só porque os recursos não chegam a eles, porque cada vez mais a globalização avança e cada vez mais pessoas têm acesso às tecnologias produzidas por capitalistas. Claro que a intervenção estatal tende a retardar esse processo, portando pode-se concluir simplesmente que os recursos não estão sendo alocados, de maneira a contemplar maior parte do globo, por causa do Estado.

Até porque, empresários interessados em maximizar seus lucros sempre buscam novos mercados consumidores e se determinado produto não chega a algum lugar, grande parte da culpa por isso pertence a enormes burocracias e leis que funcionam como empecilhos ao comércio, sem contar que ainda existem grandes países com a economia fechada, muitos até com modus operandi socialista, o que, claro, impede ainda mais o acesso aos bens e serviços que são promovidos pelo sistema capitalista de mercado.

Ao que parece, algumas pessoas interessadas, financiadas por burocratas ou por alguns empresários (que temem a concorrência devido a sua ineficiência em atuar sem a ajuda do estado) tem espalhado uma série de mitos sobre o livre-mercado, todos infundamentados. O primeiro mito que vou citar chega a ser cômico e foi endossado pelo próprio Karl Marx, é a velha falácia de que o capitalismo gerou caos, desordem e desigualdades sociais alarmantes durante o período da revolução industrial.

É uma afirmação errônea e ambígua, tendo em vista que o capitalismo industrial foi criado como um substituto ao feudalismo, sistema no qual quase toda a população residia ao campo, sem acesso nenhum a bens e serviços industriais na época inexistentes, sem possibilidade de ascensão ou mudança alguma, toda a matéria prima era consumida e muito trabalho era necessário para a realização das mais simples tarefas, foi dessa grave situação social que emergiu o capitalismo moderno. Então, antes de deixar-se levar pelo emotivo discurso oportunista que visa atacar as raízes do capitalismo, deve-se pensar em resposta ao quê, ele surgiu. Desde suas raízes este sistema mostrou-se totalmente eficaz na solução de problemas.

E sim, as pessoas pobres foram beneficiadas com isso. Eu diria até que entre todos, os de poucas posses foram os mais beneficiados. Antes eram apenas indigentes, agora passariam a ser consumidores a quem se deve agradar e trabalhadores com possibilidade de ascensão, todo o mercado girava em torno dessas pessoas. “Sabe que a população deste planeta é hoje dez vezes maior do que nos períodos antecedentes ao capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do capitalismo?

E como você pode ter a certeza de que, se não fosse o capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua a própria vida” – Ludwing Von Mises. Outro mito constantemente disseminado com o objetivo de espalhar revolta e terror é que as empresas privadas não atendem aos interesses da população de baixa renda. É claramente falso, tendo em vista que grande parte da produção mundial é voltada justamente para atender a todas as demandas dessas pessoas. Celulares, fast food, televisores, móveis e carros são só alguns exemplos de produtos que são produzidos a baixo custo para que as pessoas com menos riqueza tenham acesso.

Ao falar isso para alguém, provavelmente, será questionado por aquele pensamento que já é censo comum: “Mas isso não é esperar bondade de mais dos empresários produtores destes bens?” De maneira alguma, devo ressaltar. O empresário não precisa estar comprometido em atender ao “bem comum”, não precisa se quer ser sensível a condição alheia, tal produção a baixo custo ocorre simplesmente porque é mais lucrativo, não contamos com as boas intenções de parte alguma, contamos apenas com um ato egoísta e que sempre beneficiará ambas as partes envolvidas em tal troca voluntária. Percebe-se logo que aquele empresário demonizado pela esquerda contribuirá, mesmo que sem intenção alguma, para uma melhora qualitativa na vida de todos, e os mais pobres são os principais beneficiados com isso.

Se o capitalismo é o único meio em que as demandas das pessoas de baixa renda são atendidas, então por que todo esse rancor embutido do sistema? Justamente porque existem pessoas interessadas em boicotá-lo. Devemos lembrar que o Estado brasileiro, por exemplo, absorve grande parte da riqueza produzida pela nação, de forma que uma das únicas desculpas para a sua existência, ou para a sua presença excessiva na economia, é nos proteger das grandes corporações. O que é um completo absurdo, dado que estes são apenas prestadores de serviços, ou patrões aos quais vendemos nossa força de trabalho, desta forma tudo o que acontece na relação econômica entre ambos é puramente voluntário e de concordância das partes envolvidas.


Todos os chamados direitos e encargos trabalhistas são nada mais do que intromissões desnecessárias e indesejadas. As pessoas interessadas em atacar tal sistema baseado em simples relações voluntárias se alocam em grupos de esquerda em nosso país, exercem profundo domínio no cenário intelectual, são as únicas vozes a ser ouvidas na maioria das vezes. É a chamada “Revolução Cultural”. Com todo o domínio cultural, paulatinamente se conquista o sistema político, o sistema educacional, as universidades e todos os outros veículos de poder. Seja para propagar sua ideologia ou para tirar vantagens do sistema que eles impõem, estão sempre presentes.

Sua hegemonia é tão descomunal que é notada das maneiras mais pitorescas, seja por um simples comentário defendendo as ações mais horrendas de criminosos, ou até mesmo para justificar a pobreza (que na maioria das vezes é causada por intervenção estatal): “tudo culpa desse capitalismo safado”. Vale ressaltar que todas as políticas contrárias ao capitalismo estão fadadas ao fracasso. Controle do sistema de crédito pelo Estado, por exemplo, à longo prazo poderia causar recessão ou a própria falência do sistema bancário, o salário mínimo que dizem nos proteger da exploração, na verdade causa desemprego, medidas protecionistas prejudicam toda competição de mercado, estatização idem (dado que estatais não seguem a lógica de mercado), essas são apenas algumas medidas criadas com o único objetivo de fracassarem.

Elas não têm possiblidade alguma de sucesso, existem apenas para saciar a fome de poder de alguns “engenheiros sociais”, com muita demagogia e populismo. Destruir o sistema capitalista se tornou um negócio muito lucrativo, eles dão as mesmas desculpas de sempre, dizem proteger os pobres e criam inimigos que na verdade não existem. Historicamente, o capitalismo não é inimigo dos pobres, mas aliado de todos os setores da sociedade.

Esta é a tática de dividir a sociedade, se trata da velha estratégia de guerra de dividir para conquistar. Devemos ainda notar que a voz das pessoas está sendo usurpada, pois a grande maioria apenas quer trabalhar, com possibilidade de ascensão e enriquecimento, quer tomar suas próprias decisões e consumir o que bem entender com o dinheiro que ganhou honestamente. A verdade é que pessoa de bem nenhuma pretende obter benefícios avulsos do Estado, mas as vozes desses são usurpadas, até mesmo das pessoas que se encontram mais pobres. Os pobres não seguem ideal de igualdade algum, quem segue ideal de igualdade e quer tudo na mão do Estado e não dos mercados são essas pessoas sedentas por poder, as “pessoas comuns” apenas querem produzir, ficar um pouco mais ricas e consumir, algo que só o capitalismo pode proporcionar a elas.

*Pedro Vitor é Estudante e especialista do Instituto Liberal.



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