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Sobre intolerância: nós não apoiamos barbárie

Sobre intolerância: nós não apoiamos barbárie

29/06/2015 Lucas Berlanza Corrêa

Acaba sendo necessário escrever textos como este, encimado pelo óbvio: não apoiamos barbárie.

Para a mente distorcida dos esquerdistas e “prafrentrex” sistemáticos, assumir uma perspectiva liberal ou conservadora em matéria de política ­torna o sujeito automaticamente um troglodita hostil que vomita asneiras acumuladas contra gays, negros, mulheres ou adeptos de minorias religiosas.

Sustentar seus princípios da forma mais razoável, confrontando absurdos com o dinheiro público como o que foi perpetrado pelo movimento LGBT na Parada Gay, significa automaticamente apoiar o uso da violência contra homossexuais e advogar a implementação de proteções especiais aos evangélicos e católicos por parte da lei.

Acaba sendo necessário, infelizmente, escrever textos como este, encimado pelo óbvio: não apoiamos barbárie. Barbárie como a que se noticiou ter ocorrido na noite de domingo, 14/06, quando uma menina de onze anos de idade, iniciada na religião afro-brasileira Candomblé há quatro meses, estaria junto aos companheiros de culto quando foi atingida na cabeça por uma pedra.

Diz sua avó Kathia Coelho Maria Eduardo, de 53 anos, em entrevista para o jornal O Dia, que os responsáveis pela brutalidade gritaram “Sai, Satanás, queima! Vocês vão para o Inferno”, em claro gesto de desrespeito, antes de lançarem a pedra.

Passa pela cabeça de alguém que um liberal, libertário ou conservador em sã consciência defenda atitudes como essa? Passa pela cabeça de alguém que defendamos, por exemplo, lunáticos que invadem instituições religiosas para depredar e destruir imagens de culto?

Da mesma forma, passa pela cabeça de alguém que justificamos a agressão e a violência contra alguém, inerentemente estúpida, por esse alguém ser homossexual (tal como regimes autoritários de esquerda fizeram e fazem sem qualquer pudor)?

Não pode haver, sem sombra de dúvida, coisa mais reprovável e mais, por assim dizer, antiliberal. É evidente que gestos como esse, praticados por uma MINORIA de bandidos, devem ser exemplarmente punidos e responsabilizados pelos imperativos da lei.

O que não defendemos, em hipótese alguma, é aplicar para um problema real o remédio errado, que geraria novo problema. Que queremos dizer com isso? Em primeiro lugar, que não obtemos qualquer ganho legítimo especificando medidas em grupos de privilégio.

Não desejamos a punição de bandidos porque eles agrediram candomblecistas, umbandistas, espíritas, homossexuais, negros, mulheres, evangélicos, amarelos, sikhs, judeus, adoradores-do-unicórnio-rosa ou qualquer coletivo que o seja.

Desejamos sua punição porque agrediram seres humanos, porque agrediram I-N-D-I-V-Í-D-U-O-S! Parece ainda ser necessário, infelizmente, repetir a obviedade de que essas especificações grupais, ostentadas como bandeiras demagógicas por organizações e bancadas políticas oportunistas, que seduzem e instrumentalizam o vitimismo para gerar conflito e garantir seus privilégios particulares, colaboram apenas para dividir a população, para cingir a sociedade, infirmando a própria causa que se deveria estar defendendo.

No dizer de Ayn Rand, a menor minoria é o indivíduo, e é a ÚNICA que deve ser protegida, amparada e resguardada em seus direitos, porque ABARCA TODAS AS OUTRAS. Não somos definidos em nosso valor ontológico perante a lei pela crença que professamos, pela nossa aparência, gosto musical, livro preferido ou orientação sexual.

Somos definidos nesse prisma pela nossa condição humana. Nenhum de nós é rigorosamente igual ao outro, ainda que integrados em “grupos de pertencimento” similares, por semelhanças físicas (que menos ainda significam) ou preferências pessoais.

Em segundo lugar, e talvez ainda mais importante diante dos ataques ignóbeis que temos recebido, uma outra obviedade que lamentamos ter de repetir para uma sociedade que, infelizmente, ainda tem uma demanda profunda pela compreensão dos valores liberais: tolerância e respeito não implicam concordância.

A mentalidade de esquerda não deseja apenas uma convivência de pontos de vista distintos, existindo em negociações constantes através das instituições sociais e das iniciativas individuais; em que atos beligerantes como o que se noticiou ter sido cometido contra a candomblecista de onze anos sejam reprovados e sofram retaliação policial.

Ela quer, seguindo critérios caóticos e nada bem definidos – em geral, apoiando qualquer retórica ou orientação que confronte os fundamentos culturais que estabeleceram a civilização ocidental, o que implica querer priorizar qualquer posicionamento que se contraponha ao capitalismo, ao Cristianismo, à liberdade econômica, etc., com intenções não meramente discordantes, mas destrutivas -, que as opiniões e pontos de vista se unifiquem, se mesclem, assumam padrões idênticos.

Ora, não há dúvida de que todos, sem exceção, devem se ver obrigados a respeitar as regras gerais sem as quais é impossível estabelecer uma sociedade; nada mais além. Ingênua e perigosa é a sanha coletivista de querer tornar igual o que não é, de querer sustentar que somente é possível convivermos com o outro se abdicarmos de determinados valores ou práticas que deveriam ser apenas contemplados na esfera privada.

Enxergam como escandaloso, por exemplo, que evangélicos e católicos considerem determinadas práticas como pecaminosas, como equivocadas, sendo justamente isso o que recomenda a orientação doutrinária de suas religiões.

Para que eles não sejam considerados intolerantes em relação aos cultos afro-brasileiros, por exemplo, não basta que se limitem a não tacar pedras ou agredir covardemente crianças de onze anos – o que, irritantemente repetirei, deve ser exemplarmente punido -; é preciso que reconheçam nessa religião o mesmo grau de “verdade”, o mesmo nível de valor, a mesma correção.

Senhores, exigir isso não é ser amigo da liberdade! Isso é impossível! Todos os credos e concepções metafísicas determinam, de alguma sorte, a exclusão filosófica dos dogmas dos demais. Umbandistas e candomblecistas também rejeitam os deuses e entidades de outras crenças e religiões; espíritas consideram as divindades africanas e a ideia do Deus tradicional das igrejas que se apresenta como homem como igualmente inverdades; evangélicos e católicos consideram que todos esses seguem doutrinas reprovadas pelo seu Deus; budistas ortodoxos não veem importância sequer em discutir Deus; certos ateus acham todos os anteriores ingênuos e dependentes de “muletas” para viver.

É impossível que todos esses grupos concordem e aprovem as práticas dos outros. A busca da tolerância exige forçá-los a dizer e defender o contrário do que pensam? Isso é, mais uma vez, desprezar a centralidade de importância que se deve dar ao indivíduo e sustentar o impossível.

É disfarçar a imposição sob uma falsa máscara de tolerância, tipo de comportamento autoritário que as esquerdas, atribuindo a si mesmas o famigerado monopólio da virtude, estão especialmente acostumadas a adotar. Reprovemos o que deve ser reprovado, venha de onde vier; enalteçamos o respeito. Mas o respeito verdadeiro, não aquele que seleciona grupos ou lados para merecê-lo em doses maiores do que os outros.

* Lucas Berlanza é Acadêmico de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, na UFRJ, assessor de imprensa e colunista do Instituto Liberal.



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