Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Streaming é cultura; cultura é direito

Streaming é cultura; cultura é direito

13/07/2019 Jake Neto

Cultura acessível deveria ser uma premissa, e não uma luta.

A “sopa de letrinhas” gerada pelo excesso de tributos (como, por exemplo, IPVA, IPTU, ICMS, IOF, ISS, e outros tantos) não é um prato que sirva bem à renda familiar de um país como o Brasil, especialmente em um delicado momento econômico.

E, tampouco, contribui para o acesso da população à cultura, entretenimento de qualidade e eventos do gênero, já problemáticos em razão própria desigual distribuição cultural. Segundo o IBGE, as regiões metropolitanas concentram 41% de todo o consumo da cultura do Brasil.

Um brasileiro que vive com o salário mínimo, hoje estabelecido em R$ 998, para ir ao cinema apenas uma vez por mês irá gastar, no mínimo, 3% de seus vencimentos, já que valor mais baixo do ingresso no país, segundo levantamento do Cuponation, é de R$28,61.

Além disso, esses 3% levam em conta apenas se o espectador for sozinho e não comprar nenhum tipo de bebida ou comida antes de entrar na sala.

Tal dificuldade de acesso à entretenimento de qualidade também pode ser transportada em uma análise fria sobre o comportamento do internauta brasileiro.

Segundo a pesquisa Digital Brazil 2019, feita em parceria pela We Are Social e Hootsuite, aproximadamente 149 milhões de brasileiros estão conectados à internet (70,3% de uma população estimada em 212 milhões).

Destes, apenas 7% (cerca de 10,5 milhões) acessam plataformas de VoD (Video on Demand), mais popularmente conhecidas como “canais de streaming”, tais como Netflix, Amazon Prime Video HBO Go e Globoplay, por exemplo.

A internet, principalmente após a chegada das redes sociais, é um espaço democrático de troca de conteúdos, informações e opiniões. E, se bem utilizada, ainda funciona como uma facilitadora ao acesso a quase todos os tipos de manifestações culturais. Mesmo à distância.

É preciso, entretanto, que as plataformas ofertem serviços tendo conhecimento do real e complexo cenário econômico do Brasil e também do consequente aspecto financeiro de sua população.

Democratizar o alcance dos brasileiros a milhares de filmes e séries significa, antes de qualquer coisa, cortar restrições de qualquer natureza.

Planos de internet que caibam no bolso das famílias, cessão a VODs cujo acesso não seja atrelado à assinatura de operadoras de TV a cabo e, também, claro, bom senso das empresas de streaming nos valores e sistemas de cobrança.

Exclusivo no mercado brasileiro e com estreia marcada para setembro, o Kinopop, por exemplo, busca a maior fatia da população local ativa em plataformas on-line: os 93% que ainda não assinam nenhum VOD.

O intuito, ao cobrar uma mensalidade de R$ 15, é ampliar o acesso dos brasileiros a produções cinematográficas, em uma filmoteca com opções de todos os gêneros capaz de agradar às famílias, e não apenas individualmente, como uma sessão única de cinema.

E sem limites de horário, de quantidade de vezes para assistir a determinado título e todas as outras vantagens disponibilizadas por qualquer plataforma.

A profusão de processos burocráticos, impostos e a ausência de retorno e contrapartidas ao povo brasileiro é algo, lamentavelmente, sistemático. Algo mutável apenas quando começarmos a pensar enquanto parte do contexto social.

E, na qualidade de produtores culturais e disseminadores de conteúdo, para tentarmos inverter tal cenário, é necessário que tenhamos a capacidade de fazer algo para agregar valor a uma das tantas carências do nosso povo. Cultura acessível deveria ser uma premissa, e não uma luta.

* Jake Neto é VP Global of Sales and Licensing no Studio BKS.

Fonte: WGO Comunicação



As histórias que o padre conta

“Até a metade vai parecer que irá dar errado, mas depois dá certo!”

Autor: Dimas Künsch


Vulnerabilidades masculinas: o tema proibido

É desafiador para mim escrever sobre este tema, já que sou um gênero feminino ainda que com certa energia masculina dentro de mim, aliás como todos os seres, que tem ambas as energias dentro de si, feminina e masculina.

Autor: Viviane Gago


Entre o barril de petróleo e o de pólvora

O mundo começou a semana preocupado com o Oriente Médio.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Nome comum pode ser bom, mas às vezes complica!

O nosso nome, primeira terceirização que fazemos na vida, é uma escolha que pode trazer as consequências mais diversas.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


A Cilada do Narcisista

Nelson Rodrigues descrevia em suas crônicas as pessoas enamoradas de si mesmas com o termo: “Ele está em furioso enamoramento de si mesmo”.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Brasil, amado pelo povo e dividido pelos governantes

As autoridades vivem bem protegidas, enquanto o restante da população sofre os efeitos da insegurança urbana.

Autor: Samuel Hanan


Custos da saúde aumentam e não existe uma perspectiva que possa diminuir

Recente levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que os brasileiros estão gastando menos com serviços de saúde privada, como consultas e planos de saúde, mas desembolsando mais com medicamentos.

Autor: Mara Machado


O Renascimento

Hoje completa 2 anos que venci uma cirurgia complexa e perigosa que me devolveu a vida quase plena. Este depoimento são lembranças que gostaria que ficasse registrado em agradecimento a Deus, a minha família e a vários amigos que ficaram ao meu lado.

Autor: Eduardo Carvalhaes Nobre


Argentina e Venezuela são alertas para países que ainda são ricos hoje

No meu novo livro How Nations Escape Poverty, mostro como as nações escapam da pobreza, mas também tenho alguns comentários sobre como países que antes eram muito ricos se tornaram pobres.

Autor: Rainer Zitelmann


Marcas de um passado ainda presente

Há quem diga que a infância é esquecida, que nada daquele nosso passado importa. Será mesmo?

Autor: Paula Toyneti Benalia


Quais são os problemas que o perfeccionismo causa?

No mundo complexo e exigente em que vivemos, é fácil se deparar com um padrão implacável de perfeição.

Autor: Thereza Cristina Moraes


De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”.

Autor: Leonardo de Moraes