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Também há santos nas Igrejas Evangélicas

Também há santos nas Igrejas Evangélicas

05/12/2018 Humberto Pinho da Silva

Se pensam que nas Igrejas Evangélicas - e até nas seitas - não há santos, estão enganados.

Claro, que não aparecem nos altares, nem são canonizados; mas que são santos; ah!: isso são!

Havia – já lá vão muitos anos, – na 1ª República, em Vila Nova de Gaia (Portugal), um homem bom. Homem rico, que por muito amar os pobres ficou pobre, por amar muito a Deus. Era pastor anglicano. Sabia ser justo viver do altar, mas preferiu ser o altar a viver do seu trabalho e da sua grande fortuna.

Seu nome era: Diogo Cassels; mas o povo, os operários, os carenciados, por muito lhe quererem, chamavam-no, carinhosamente: o Sr. Dioguinho. Dioguinho, junto com as tarefas pastorais, mantinha: escola – para educar os meninos cristãmente; – e, a “Sopa dos Pobres” – para alimentar os que tinham fome.

Portugal, naquele tempo, estava atulhado em terríveis dívidas. Havia desemprego generalizado, e os que trabalhavam, mal granjeavam para sustento dos filhos. Como cristão, como sacerdote temente a Deus, sentia obrigação: de cuidar, de zelar, de amenizar, o sofrimento dos operários; e pobreza envergonhada – que sempre atinge a classe média, em anos de crise.

Todos os meses, o bom homem, ia de porta em porta, pelas casas inglesas – o Sr. Dioguinho era britânico, – e pedia…tornava a pedir… rogava, suplicando, contributo para a “ Sopa dos Pobres”; porque, o que possuía, da sua grande fortuna, já não bastava para acudir a tanta necessidade.

Certa ocasião, as casas de pasto, as mercearias, que lhe forneciam os alimentos, disseram-lhe, perentoriamente: “ Ou paga o que nos deve, ou nada mais haverá fiado! …”
Dioguinho levou as mãos à cabeça, desesperado. Aflito, atormentado, recorreu a amigos. Calcorreou as firmas de origem inglesa, da baixa portuense; bateu à porta da colónia inglesa, e arrecadou substancial quantia… Assim supunha.

Regressou radiante. Contou e recontou o dinheiro recebido. Fez contas e mais contas… Fez cálculos e mais cálculos… mas nada: faltavam cinco contos para saldar a divida aos fornecedores…

- “ Os necessitados ficarão sem a “Sopa dos Pobres.” - Pensou. Nervoso, mordendo os lábios ressequidos, procurou descortinar amigo, que lhe acudisse a tal aperto. Mas as diligências foram em vão. Só Deus o poderia ajudar. Mas seria ele merecedor de tal auxílio? …

Dirigiu-se, estonteado, à capela; pelo caminho, encontrou a Bertinha – mocinha que lhe servia de secretária, – agarrou-a com ansiedade, pelo braço, e, numa súplica, disse-lhe: - “ Peço-te, menina, um grande favor: Vem comigo à capela, orar a Deus, para que me acuda! …”

No dia seguinte, pela manhã. Manhã luminosa, cheia de Sol, chegou o carteiro. Entre a correspondência vinha uma…que incluía cheque no valor de cinco contos! Junto, trazia bilhete: “Sei que veio procurar-me, para acudir os seus pobres. Não estava; mas ai vai “isso”, para ajudar.”

Após o almoço o Sr. Dioguinho, agradecendo a Deus, dirigiu-se ao Banco de Londres, para receber o dinheiro. Mal lhe entregaram os cinco mil escudos, o rosto desfigurou-se de contentamento. Cambaleou. Agarrou-se ao balcão…Escorregou… e caiu. Antes de morrer, ainda teve tempo de pronunciar: - “ Graças a Deus! Os pobres não passaram fome! …”

Assim morreu o pastor, o santo, que tudo doou aos pobres. O sacerdote, que sendo rico, se tornou pobre, para que os pobres fossem menos pobres. Também há santos nas Igrejas Evangélicas! …

* Humberto Pinho da Silva

Fonte: Humberto Pinho da Silva



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