Equinos movimentam R$ 7,2 bi ao ano no Brasil
Equinos movimentam R$ 7,2 bi ao ano no Brasil
Em crescimento, o mercado de equinos gera mais empregos que indústria automotiva.

Com 5,9 milhões de animais, o Brasil tem hoje o terceiro maior rebanho equinos do mundo, perdendo apenas para China e México. Responsáveis pelo desenvolvimento dos principais ciclos econômicos do país, desde o Pau-Brasil, passando pelo açúcar e os metais preciosos, esses animais continuam movimentando a economia no século XXI.
Mesmo com a automação promovida pela tecnologia, inclusive no campo, a indústria do cavalo continua empregando hoje seis vezes o que emprega a indústria automobilística no país. São 3,2 milhões de trabalhadores no setor, entre empregos diretos e indiretos, que movimentam um montante de R$ 7,3 bilhões ao ano. Os dados são do Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo, realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo (Esalq/SP).
Entre os destaques desse nicho econômico, estão os animais da raça Mangalarga Marchador, que no ano passado apresentou um crescimento de 10,2% no número de negócios e criadores. Fruto do cruzamento de cavalos Álter, de origem portuguesa, com éguas selecionadas para sela, o sucesso da raça se deve à versatilidade que o animal apresenta: o atual plantel de 600 mil cabeças se divide entre animais utilizados no trabalho, lazer e esporte.
A diretoria da ABCCMM garante que o cenário é otimista. Hoje a entidade congrega 15 mil associados divididos em 70 núcleos nacionais e internacionais. Números que não param de crescer, são centenas de novos criadores do Mangalarga Marchador todo mês. Em 2017 foram 352 leilões, quase um para cada dia do ano, e movimentou um total de aproximadamente R$ 350 milhões.
Para os criadores e apaixonados pela raça, a ABCCMM realiza de 17 a 28 de julho, em Belo Horizonte, a 37ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, no Parque Bolivar de Andrade (Parque da Gameleira).