Grupo Editorial Record relança Rosa dos Tempos
Grupo Editorial Record relança Rosa dos Tempos
Selo fundado em 1990 fará sua reestreia em janeiro com livro feminista da escritora Marcia Tiburi.

No ano em que as mulheres foram às ruas protestar pelos mais diversos direitos, o filme da Mulher-Maravilha bateu recordes de público e de bilheteria e em que campanhas como a “me too” inundaram as redes sociais com denúncias de assédio sexual, a palavra “Feminismo” foi a escolhida pelo dicionário americano Merriam-Webster para representar 2017.
No Brasil, a Festa Literária de Paraty, a mais importante do mercado editorial, teve pela primeira vez mais mulheres que homens na programação. A hashtag #leiamulheres ganhou força e grupos espalhados pelo país movimentam um dos maiores clubes de leitura, de mesmo nome, em torno de livros escritos por e para mulheres.
No Grupo Editorial Record, que completa 75 anos em 2017, um grupo de editoras está liderando um dos projetos selecionados para comemorar a data: o relançamento do selo Rosa dos Tempos, criado em 1990 e que marcou época lançando por aqui clássicos do movimento feminista brasileiro e mundial, com a editora Rose Marie Muraro à frente.
O primeiro livro do selo já está pronto: “Feminismo em comum”, da escritora Marcia Tiburi, chegará às livrarias em janeiro de 2018. Durante o ano, serão publicadas oito obras. Para o primeiro semestre, já estão em produção os livros “O mito da beleza”, de Naomi Wolf; “Mamãe&Eu&Mamãe”, de Maya Angelou, e “A terra das mulheres”, de Charlotte Perkins Gilman. Para Roberta Machado, vice-presidente e diretora comercial do Grupo, o selo Rosa dos Tempos volta para atender a uma demanda de mercado identificada pelas editoras da casa.
“Começamos a notar o aumento de interesse por livros sobre feminismo, ao mesmo tempo em que as editoras de diferentes selos do Grupo Record passaram a captar projetos nessa linha, correndo para incluí-los na programação de 2018. Daí a ideia de relançar a Rosa dos Tempos: abrigar num mesmo chapéu todos esses livros, unificando melhor a comunicação, os objetivos e ideias para eventos e debates. Ficou bacana, porque montamos um modelo bem “feminino” de gestão dessa editoria. A “Rosa” é totalmente colaborativa, sem hierarquia, com editoras de perfis distintos, todas motivadas e unidas pelo objetivo que é gerar o melhor conteúdo para contribuir pro debate, sempre”, afirma Roberta Machado.
Em parceria com o Instituto Rose Marie Muraro, sediado na Glória, cada exemplar publicado pelo selo será enviado à biblioteca mantida pela instituição.