A medicina deveria considerar todas as evidencias
A medicina deveria considerar todas as evidencias
“Nós amamos”, está escrito em 1 João, “porque ele [Deus] nos amou primeiro”.
Enquanto fazia pesquisas para o seu livro, "The Gratitude Diaries" (Diários de Gratidão) considerado um bestseller pelo jornal New York Times, a autora Janice Kaplan se deparou com aquilo que ela descreveu, durante uma recente palestra em San Francisco, como o “grande plano” de manter uma atitude de gratidão como a maneira de se livrar de sua próxima enxaqueca.
“Bem, houve uma espécie de problema”, disse a ex-chefe de redação da revista Parade , “é que eu nunca mais tive nenhuma enxaqueca enquanto escrevia o livro”.
Ao que parece, a gratidão funciona tanto de maneira preventiva como curativa.
Entretanto, Kaplan foi rápida em minimizar sua história, dizendo que não a escreveria para qualquer revista médica porque poderia ser considerada apenas um caso excepcional. É uma pena. Não porque o relato de Kaplan, em si mesmo, seja digno do New England Journal of Medicine, mas porque, apesar do pequeno tamanho da amostra, esse relato poderia muito bem indicar uma abordagem fundamentalmente diferente com relação à saúde, isto é, uma abordagem livre do uso de medicamentos, acessível, e universalmente disponível para o tratamento da saúde.
Levando-se em conta que os americanos gastam mais de 17 bilhões de dólares a cada ano no tratamento da enxaqueca, a questão é significativa.
Claro, muitos dirão: “Ela apenas teve sorte”, ou “Esse tipo de coisa nunca funcionaria para mim”. Entretanto, o fato é que isso funcionou e continua funcionando para Kaplan ? e possivelmente para muitos outros ? o que a levou a sugerir ao seu público que, independentemente da falta de comprovação médica, “provavelmente vale a pena tentar”.
O interessante é que há realmente uma abundância de provas de que o que aconteceu com Kaplan não foi um acaso. A tendência, entretanto, é tentar explicar tais fenômenos, a partir de uma perspectiva limitada, fundamentada na matéria, ignorando completamente a possibilidade de haver um componente espiritual para a preservação da nossa saúde.
Repito, isso é uma pena. Só porque alguma coisa não pode ser quantificada através de métodos científicos convencionais, não significa que recorrer às nossas tendências espirituais inatas não possa ser praticado, de forma eficaz e consistente, ou que isso seja menos científico. Significa somente que existe algo mais a ser descoberto e, em última análise, a ser mais bem compreendido.
Por exemplo, contrariamente à noção popular de que a gratidão ? ou compaixão ou perdão ou qualquer outra qualidade moralmente elevada de pensamento que se possa imaginar ? seja algo que temos de nos esforçar para expressar, a Bíblia sugere que ela é na verdade uma resposta natural àquilo que Deus nos criou para ser. “Nós amamos”, está escrito em 1 João, “porque ele [Deus] nos amou primeiro”.
Essa é uma boa notícia, especialmente para aqueles que talvez pensem que não possuem as qualidades necessárias para adotar uma abordagem espiritual para a saúde e a cura.
Claro que simplesmente ler esse versículo na Bíblia não é suficiente. Provavelmente também seja impossível comprová-lo, se usarmos técnicas com base na matéria. Mas isso não significa que cada um, ou todos nós, não tenhamos sentido, uma vez ou outra, mesmo nas mais difíceis circunstâncias, o amor ?a gratidão, a compaixão, o perdão? e constatado os benefícios físicos e mentais que acompanham tais atitudes. Ao reconhecer algo do que é divino nos outros, começamos a ver e a sentir essa mesma bondade em nós mesmos.
Ignorar ou, pior ainda, desprezar a evidência desse princípio espiritual que atua em nossa vida diária, considerando-o pouco mais do que "acaso" seria o mesmo de Newton recusar-se a considerar a queda da maçã. Se algo aconteceu uma vez, pode apostar que vai acontecer novamente. Além disso, é de grande interesse para todos entender o porquê.
* Eric Nelson escreve sobre a conexão entre consciência e saúde sob a perspectiva da Ciência Cristã, como Comitê de Publicação para Califórnia, EUA. Contato no Brasil: