Campanha alerta sobre os riscos do câncer de cabeça e pescoço
Campanha alerta sobre os riscos do câncer de cabeça e pescoço
No Brasil, a estimativa é de cerca de 23 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

No dia 27 de julho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, data em que também se encerra a campanha Julho Verde, que alerta para a importância dos exames preventivos no processo de cura da doença.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer de cabeça e pescoço é mais prevalente nos países em desenvolvimento e representa o nono tipo de câncer mais comum no mundo, com 700 mil novos casos por ano. No Brasil, a estimativa é de cerca de 23 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O câncer de cabeça e pescoço compreende todos os tumores que se originam na boca (cavidade oral), nariz (nasofaringe, cavidade nasal e seios paranasais), garganta (orofaringe, hipofaringe, laringe) e nas glândulas salivares. De acordo com o oncologista do Hospital Felício Rocho, Ricardo Cembranelli Teixeira, os tumores desse tipo de câncer têm maior prevalência em homens com mais de 50 anos, sendo o segundo mais frequente na população masculina brasileira.
Ricardo Cembranelli explica que a ingestão de bebidas alcóolicas, o hábito de fumar, a má alimentação e a incidência da infecção pelo papilomavírus (HPV), aumentam de forma significativa, as chances de desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço.
“O perfil do paciente com este tipo de câncer não se limita mais a homens mais velhos que fumam e bebem. Nos últimos anos, este tipo de câncer também vem atingindo homens jovens com idades entre 30 e 45 anos, isso se deve em grande parte ao aumento do índice de contaminação pelo HPV. Transmitido geralmente por meio da prática do sexo desprotegido, o vírus HPV, quando instalado, causa infecções que facilitam a formação de tumores na amígdala, faringe, laringe e cavidade oral”, afirma.
O médico alerta que o diagnóstico da doença – que pode ser feito por meio de exames de imagem como a tomografia, endoscopia ou ressonância magnética – em sua fase inicial aumenta muito a efetividade do tratamento e as possibilidades de cura. “Para evitar a doença, o paciente deve se proteger durante as relações sexuais, e não fumar ou consumir bebida alcoólica em excesso, pois o elitismo é responsável por 60% dos casos de câncer de cabeça e pescoço. Exames de rotina são indicados somente a pacientes que apresentam alguns dos sintomas da doença ”, aconselha.
Quanto ao tratamento deste tipo de câncer, Cembranelli explica que o mesmo é definido a partir da identificação do estádio da doença. “Dependendo do local e estadiamento da doença, o tratamento será realizado por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas situações, podem ser utilizadas mais de uma modalidade terapêutica”, conclui.