Número de prematuros aumenta no Brasil
Número de prematuros aumenta no Brasil
Média de prematuridade no país atingiu 11,1% em 2020 e aumento pode estar ligado ao covid-19.
O movimento “Novembro Roxo” tem como objetivo conscientizar e educar a população sobre a prematuridade e suas consequências para o desenvolvimento dos bebês que nascem antes do tempo.
Esse ano, a data é ainda mais importante frente ao aumento de partos prematuros, causados, principalmente, pela infecção das gestantes pelo covid-19.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prematuridade é classificada de acordo com a idade gestacional. Bebês prematuros são aqueles que nascem antes das 37 semanas de gestação.
De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, com mais de 30 anos de atuação na fisioterapia neurológica voltada para prematuros, os bebês pré-termo têm maior predisposição para apresentar atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor.
“Uma das principais preocupações é que o parto prematuro interrompe as fases de desenvolvimento e crescimento cerebral, que ocorrem simultaneamente a outros processos durante a gravidez".
"Por isso, o cérebro de um prematuro tem mais probabilidade de apresentar anormalidades anatômicas que podem interferir no desenvolvimento psicomotor, bem como na cognição e até no comportamento”, diz Walkíria.
Repercussões indiretas
Graças aos avanços da medicina neonatal e da neurologia, houve um aumento significativo nas taxas de sobrevivência, mesmo dos prematuros extremos. Por outro lado, as repercussões da prematuridade podem comprometer o desenvolvimento da criança.
“Dessa forma, todo prematuro precisa ser acompanhado de perto por uma equipe multidisciplinar para identificar o quanto antes déficits no desenvolvimento de forma global”, reforça Walkíria.
Fonte: Agência Health