Uma avançada tecnologia para tratar glaucoma
Uma avançada tecnologia para tratar glaucoma
Um novo colírio sem conservantes e o implante de uma válvula que aumenta a absorção do humor aquoso foram os destaques do XIV Simpósio da Sociedade Brasileira de Glaucoma, realizado em Belo Horizonte (MG), na avaliação da especialista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Hanna Flávia Gomes, que participou do encontro de mais de mil oftalmologistas.
Manter um portador de glaucoma comprometido com o tratamento é um desafio para os médicos, por que os medicamentos, que usualmente não são baratos, também provocam reações na superfície ocular, o que assusta o paciente, assinala Hanna Flávia. Ela comemora o novo colírio que poderá ser prescrito desde já, porque sem a presença de conservantes, o tratamento clínico torna-se mais efetivo, uma vez que não terá o componente causador de vermelhidão, aspecto que o paciente associa à irritação e suspende a aplicação.
“A expectativa é de que haja mais adesão dos pacientes ao tratamento agora”, diz a médica ao frisar que “o glaucoma é uma doença que não tem cura, mas os tratamentos aperfeiçoam-se em um ritmo que já possibilita vida normal aos seus portadores”.
O outro avanço apresentado no Simpósio deste ano, na avaliação da médica do HOB, é a válvula que ao ser implantada abaixo da esclera, estimula a absorção do humor aquoso. “O intuito desta tecnologia também é levar o portador de glaucoma à comodidade, ao menor trauma cirúrgico e a durabilidade estendida deste procedimento, porque faz com a cicatrização desta espécie de ferida cirúrgica feita para o implante, tenha uma cicatriz menos acelerada e com isto impeça a fístula de se fechar”, descreve.
Hanna explica que este procedimento torna mais duradoura a cirurgia, além de eliminar alguns dos processos envolvidos nas cirurgias de glaucoma que realizávamos até agora, como a iridectomia e a esclerectomia.